Protocolo foi assinado esta sexta-feira entre o Ministério da Educação, o Município de Vila Real e a Associação Cultural Comendador Manuel Correia Botelho.
O Conservatório Regional de Música de Vila Real vai passar a integrar a rede nacional de escolas de música públicas. É o que prevê o protocolo de colaboração assinado, esta sexta-feira, naquele estabelecimento de ensino, na cidade vila-realense, pelo ministro da Educação, João Costa, pelo presidente da Câmara Municipal, Rui Santos, e pelo diretor da Associação Cultural Comendador Manuel Correia Botelho, Joaquim Escola.
O governante visitou a cidade transmontana “num dia feliz”, com a celebração de um protocolo que permite “expandir a rede pública de educação”, no âmbito de “um trabalho que vai garantir a continuidade e a sustentabilidade do Conservatório Regional de Música de Vila Real”. João Costa realçou também que vai permitir que “é integralmente cumprida a função de educar para todas as áreas”.
De acordo com o presidente da Câmara Municipal de Vila Real, Rui Santos, a integração do conservatório na rede pública de educação é “importante não só para o concelho como também para o Norte do país”. Permite a “universalização do acesso e a gratuitidade para os que venham a frequentar esta escola”.
Rui Santos esclarece que a partir do momento em que o conservatório passe a ser uma escola pública de música, “a frequência será similar à das escolas regulares”. O processo de transição “começa este ano e terminará, se tudo correr bem, no início do ano letivo 2024/2025”.
Joaquim Escola considera que a decisão de transformar o conservatório numa escola pública “cria condições importantes para que os alunos da região possam ter acesso mais facilitado ao ensino da música”. Por outro lado, “reforça a capacidade de resposta” e “abre outras possibilidades” que “não teria se não fosse uma escola pública”.
O Conservatório Regional de Música de Vila Real, que pertence à Associação Cultural Comendador Manuel Correia Botelho, está quase a comemorar 20 anos de existência. Um período, ao longo do qual, “foi feito tudo para garantir o desenvolvimento e consolidação do projeto”.
Mas Joaquim Escola também sublinha que existe a “consciência clara” de que “o que vem aí vai ser exigente”. Até porque existe a possibilidade, ainda este ano, de “alargar o ensino ao teatro”. Outras oportunidades poderão surgir, no futuro, fruto de “condições que a tutela tem e que uma associação privada não tem, sobretudo, financeiras”.
O Conservatório Regional de Música de Vila Real tem, atualmente, cerca de 300 alunos, quase 40 professores e cinco funcionários.
O ministro da Educação ainda salientou, em Vila Real, que está a ser feito “o estudo da expansão das escolas artísticas de artes visuais”. Atualmente só existem a António Arroio, em Lisboa, e a Soares dos Reis, no Porto. O objetivo da expansão, segundo João Costa, é ter “mais oferta pública”, por se reconhecer que é “uma dimensão social da formação como seres humanos”.