A justiça norte-americana condenou Paul Flores, esta terça-feira, por assassinar Kristin Smart, uma estudante de 19 anos, em 1996. A jovem desapareceu quando voltava à sua residência, após uma festa universitária, em San Luis Obispo, Califórnia. O homicida, que era seu colega de turma, conseguiu escapar impune durante quase 30 anos.
Paul Flores era considerado suspeito do crime há bastante tempo, mas só em 2021 é que os procuradores detiveram pai e filho quando o caso foi reaberto, após um podcast dar ênfase aos erros cometidos durante a investigação e trazer novas informações.
A jovem Kristin Smart foi vista pela última vez a 25 de maio de 1996. Testemunhas dizem que a estudante estava muito alcoolizada e que Paul Flores, seu colega, se terá oferecido para a acompanhar até ao quarto.
Segundo o jornal “The New York Times”, os procuradores afirmam que o homem matou a jovem durante uma tentativa de violação, no dormitório, e de seguida, pediu ajuda ao pai para ocultar o corpo no quintal de casa.
Ruben Flores, pai do arguido, foi acusado de ajudar a enterrar o corpo e, anos mais tarde, desenterrar os restos mortais, movendo-os para outro local. No entanto, um dos júris nomeados para o processo considerou Ruben Flores, pai de Paul Flores, inocente de ser cúmplice na ocultação do corpo da jovem, que nunca foi encontrado.
A acusação diz que um grupo de arqueólogos que trabalhava para a polícia encontrou, em março de 2021, uma deformação no solo do tamanho de um caixão e a presença de sangue humano. Apesar disso, o sangue estava muito degradado para se conseguir extrair uma amostra de ADN, não se conseguindo apurar se era humano ou animal.
Só agora é que as novas provas permitiram à justiça encontrar o responsável pelo mediático desaparecimento de Kristin.