Para fazer face aos constrangimentos sentidos nos últimos dias, com falta de vagas em internamento e com os doentes a aguardar cama no serviço de Urgência, o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS) está a proceder à contratação de enfermeiros e assistentes operacionais e aumentou o espaço nas urgências.
O Hospital Padre Américo, em Penafiel, que faz parte, juntamente com o Hospital de São Gonçalo, em Amarante, do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, tem sentido grande pressão nos últimos dias. Sem vagas no internamento, os doentes têm ficado à espera de cama no serviço de urgência. Na semana passada, cerca de 60 doentes encontravam-se nesta situação. Esta segunda-feira, eram cerca de 70 a aguardar um lugar em internamento. Ao JN, o presidente do Conselho de Administração do CHTS, afirmou que “a pressão continua”, mas que a situação tem vindo a ser controlada, havendo na manhã desta terça-feira, 39 doentes na urgência, a aguardar uma vaga no internamento.
Para tal, contribuiu a suspensão da atividade cirúrgica não urgente e a transferência de doentes para unidades do setor privado e social que tenham camas disponíveis, mas também o facto de estarem a agilizar soluções que permitam obter mais espaço e mais recursos humanos. “Nos últimos dias fizemos obras de alteração na estrutura modular que existe ao lado da urgência, criando espaço e condições para acomodar camas”, explicou Carlos Alberto Silva, presidente do Conselho de Administração do CHTS.
Além destas medidas, o hospital está ainda a promover o recrutamento de 41 enfermeiros e 24 assistentes operacionais, para dar resposta às necessidades do momento. “É uma situação excecional, com contratos provisórios, porque a situação definitiva será resolvida com o plano de atividades”, frisou Carlos Alberto Silva, acrescentando que o plano de investimentos para o próximo ano, terá uma dotação de cerca de 20 milhões de euros vai no sentido de resolver este problema de falta de camas. Este prevê ainda a contratação de mais profissionais, assim como a ampliação do espaço de internamento – com a disponibilização de mais 50 camas -, dos blocos operatórios e dos cuidados intensivos.
“Não estamos desatentos à situação, estamos a agir em permanência e ainda não tomamos medidas mais drásticas, porque achamos estas medidas vão minorar as dificuldades”, concluiu Carlos Alberto Silva.