Era um regresso há muito aguardado pelos atletas e pela organização após ter sido adiado duas vezes devido à pandemia. O Grande Prémio de Atletismo do Eixo Atlântico XXII levou, este domingo, às ruas da Maia centenas de participantes.
O tiro de partida para a competição de 10 quilómetros foi dado às 10 horas, em frente ao edifício dos Paços do Concelho. No entanto, minutos antes, no recinto, já se começavam a juntar alguns atletas. Enquanto uns faziam alongamentos, outros aproveitavam para pôr a conversa em dia.
“É uma felicidade voltarmos, aos poucos, a retomar a nossa atividade. Estivemos 18 meses completamente parados. Foi terrível. Respiramos de alívio por voltarmos e por voltarmos a rever os atletas”, afirmou Carlos Ferreira, da Eventsport, entidade responsável pela organização do Grande Prémio de Atletismo do Eixo Atlântico XXII, revelando que cerca de 500 atletas estavam inscritos na competição. A prova teve o apoio da Câmara da Maia.
António Carvalho, de 73 anos, era um dos participantes. Vive em Rio Tinto, no concelho de Gondomar, e pratica atletismo há mais de meio século. Atualmente, como forma de se manter ativo, faz uma corrida a cada dois dias. “Comecei a praticar atletismo com 16 anos. Ganhei muitas provas e fui campeão ibérico. O atletismo, agora, serve para andar entretido”, revelou ao JN.
“Sempre gostei de corridas ao ar livre. Permitem desenvolver o físico, manter-me ativo e baixar um pouquinho o colesterol”, contou.
Paixão pelas corridas une casal de Braga
A paixão pelo atletismo une Fernando e Lúcia Corucho. Vivem em Braga, são marido e mulher e no domingo participaram na corrida do Eixo Atlântico. “Utilizamos as corridas para nos mantermos ativos e por passeio. Conhecemos a gastronomia e a região”, explicou Fernando Corucho.
Pratica atletismo para homenagear o filho
Domingos Costa participa em corridas há cerca de cinco anos. É bombeiro na corporação de Valadares e entrou no mundo do atletismo após a morte do filho. “Ele gostava de atletismo e eu segui o caminho dele. É uma homenagem”, contou ao JN, admitindo que as corridas são “uma terapia” .