Nova concessão prevê 957 ligações diárias entre Braga, Amares, Barcelos, Esposende, Terras de Bouro e Vila Verde.
A redução do preço nos passes sociais e a criação de uma solução conjunta para os alunos da Universidade do Minho e do Instituto Politécnico do Cávado e Ave (IPCA) que necessitam de se deslocar entre Barcelos, Braga e Guimarães são algumas das medidas que estão a ser trabalhadas pela Cávado Mobilidade, a empresa que garante o transporte público nos seis concelhos que compõem a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Cávado.
A funcionar desde janeiro deste ano, apenas esta terça-feira foi apresentado o consórcio composto pelas empresas Transdev e Avic. O valor da concessão para o transporte público de passageiros para os próximos cinco anos é de 50 milhões de euros, estando previstas 957 ligações diárias, asseguradas por 120 viaturas que vão fazer percursos nos municípios de Amares, Braga, Barcelos, Esposende, Terras de Bouro e Vila Verde.
Os passageiros da Cávado Mobilidade vão poder beneficiar, de acordo com Ricardo Rio, presidente da CIM Cávado, de uma aplicação mais abrangente do Programa de Apoio à Redução Tarifária, com reduções tarifárias de pelo menos 50% nos passes sociais. Rio avançou ainda a intenção de criar uma “bilhética integrada no quadrilátero”. “É um processo com uma dimensão tecnológica, operacional e de gestão que estamos a tentar concretizar o mais rápido possível”, afirmou.
Estudantes
Sobre a criação de uma solução conjunta para os estudantes que frequentam o ensino superior na região, Sérgio Soares, CEO da Transdev, garante que um passe conjunto é algo que “será executado”, visto que a “mobilidade tem de dar flexibilidade” em função das necessidades das pessoas. “A relação entre zonas próximas tem de ser simbiótica”, sublinha, acrescentando que tal decisão terá de passar pelas Autoridades de Transporte.
Na prática, as empresas acreditam que o reforço da oferta da Cávado Mobilidade em seis municípios irá gerar mais procura. Esta é também a convicção do responsável pela Transdev, que defende que, para além das Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto, a região do Minho é a que tem investido mais na mobilidade.