Judiciária alerta para mensagem falsa que está a ser enviada por email. Crimes de pornografia e pedofilia usados como ameaça
Se receber um email da Polícia Judiciária (PJ) a ameaçá-lo de prisão caso não envie uma mensagem para o endereço proposto desconfie, pois provavelmente trata-se de uma tentativa de burla. O alerta é feito pela própria PJ que, nesta quinta-feira, chama a atenção para “mensagens que abusivamente usam o logótipo da PJ e de outras instituições ligadas à justiça, simulando uma pretensa convocação”.
Através da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica, a Judiciária explica que a mensagem “é falsa e constitui, ela sim, uma quebra de segurança para os utilizadores da Internet e correio eletrónico”.
“Aconselham-se os destinatários deste email fraudulento a não executar os comandos que a mensagem proponha, a bloquear imediatamente o remetente, a reportar o spam e a apagar a mensagem, não devendo clicar em links dela constantes ou abrir qualquer anexo remetido com este tipo de emails sob pena de comprometer a segurança do seu equipamento e dos seus dados pessoais”, aconselha.
Nome da ex-ministra da Justiça usado como ameaça
A PJ ainda “desenvolve diligências para identificar a origem e autoria” de uma mensagem que ostenta os símbolos da PJ, mas também da Interpol e da Europol, e que tem como título “Convocação em Tribunal”. O texto que se segue faz diversas referências a artigos do Código Penal e destaca uma investigação referente a pornografia, pedofilia, exibicionismo e tráfico sexual.
Mesmo com vários erros ortográficos, a mensagem salienta que vídeos e fotografias enviados pelo remetente foram gravados pela Polícia e que este poderá ser detido caso não remeta, no prazo de 72 horas, um email com as explicações para aquelas imagens.
A falsa mensagem usa, inclusive, o nome da ex-ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, identificada como procuradora-adjunta do Tribunal de Grande Instância, para ameaçar as vítimas.