A forte precipitação registada esta segunda-feira provocou o deslizamento de pedaços de uma rocha, que caíram nos terraços do rés-do-chão, nas traseiras de um prédio de três andares, na Rua de S. Miguel, em Leiria. Os 11 moradores foram evacuados. A informação foi avançada ao JN por Luís Lopes, vereador da Proteção Civil.
O alerta foi dado ao Centro Distrital de Operações de Socorro às 00.20 horas desta terça-feira, pelo que os Bombeiros Sapadores de Leiria, elementos do município e agentes da PSP, que se deslocaram ao local, entenderam ser preferível retirar os moradores do edifício por precaução, para poderem verificar as condições de segurança durante o dia. As 11 pessoas passaram a noite em segundas habitações ou em casa de familiares.
Luís Lopes atribui o deslizamento de pedaços de rocha, que se soltou em blocos, à “instabilidade gerada pela precipitação dos últimos dias”. No entanto, assegura que “o prédio em si não teve qualquer impacto nas paredes ou nas vigas. Como as estruturas são resistentes, não sofreram qualquer dano, provocado por este movimento de massas”.
“Grande susto”
“As rochas já lá estavam antes de o edifício ser construído, há uns três anos”, explica o autarca. “O muro tem 2,5 metros, mas o que se soltou foi na vertente mais acima, a cinco ou seis metros do solo. Os blocos rolaram e caíram no pátio”, acrescenta. “Àquela hora não estava ninguém nas traseiras, pelo que os danos foram apenas materiais, mas os moradores apanharam um grande susto.”
O autarca desconhece quando haverá condições para retirar as pedras dos dois terraços, que pesarão entre 300 a 400 quilogramas. “Vão ter de ser partidas, com ferramentas manuais, pelo que será uma obra mais demorada”, revela. De qualquer forma, acredita que, mesmo que haja mais “desprendimentos”, não atingirão o prédio, que se situa ao lado do Centro de Emprego de Leiria.
Nesta tarde de terça-feira, está prevista mais uma deslocação ao local, para reavaliar o estado em que se encontra o edifício. “Esta noite, as pessoas aceitaram sair sem questionar. Hoje de manhã, já estivemos com algumas delas, que querem regressar a casa, mas compreendem que tem de haver segurança.”