Cantora brasileira Anitta sofre de endometriose, vai ser operada e é obrigada a parar um mês. Mas antes ainda voltará a Portugal, no dia 17, para atuar no Festival Marés Vivas.
Quase duas semanas após a euforia vivida no Rock In Rio Lisboa, Anitta prepara-se para ser operada por causa da endometriose, o que só deverá acontecer depois de voltar a Portugal para atuar, no dia 17, no Festival Meo Marés Vivas, em Gaia. Sem revelar a data da intervenção, a popular cantora brasileira adianta que teve “que cancelar muita coisa”, pois não poderá “fazer muito esforço” durante um mês inteiro.
A cirurgia segue-se a “anos de sofrimento”, embora só recentemente lhe tenha sido diagnosticada a doença – a endometriose é uma maleita crónica que afeta muitas mulheres em idade reprodutiva, devido à presença de tecido endometrial fora do útero.
Foi quando acompanhou o pai ao hospital – a quem foi descoberto um cancro no pulmão após sofrer um AVC, ao qual já foi operado em junho – que percebeu realmente a doença que tem, que, até aí, confundia com cistites. Descartada a presença de qualquer bactéria, realizou uma ressonância que ditou o atual diagnóstico.
Anitta recorda que os sintomas faziam-se notar mais após ter relações sexuais e, agora, crítica os meios de comunicação social que, ao longo dos anos, se atreviam a especular sobre a sua situação sem certezas, apontando para infeções urinárias e sugerindo aos leitores formas de as evitar.
“Eles diziam que a higiene era muito importante. E usar preservativo. E urinar após a relação. E beber muita água. E outras coisinhas que eu nos meus 9 anos de sofrimento já estava cansada de escutar”, desabafou no Twitter.
A cantora partilhou a sua experiência, que pode ser útil para outras pessoas, alertando ainda para a necessidade de obter uma bom diagnóstico.
“Não é normal a gente viver com essa dor assim para sempre. Estou aqui no avião e nem consigo dormir porque fui comemorar com o boy [o namorado, Murda Beatz] as vitórias que a vida me dá esses dias e agora é só choro”, diz, “contando os dias para a cirurgia”.