Após cerca de 12 horas de deliberação, o júri considerou Amber Heard culpada no caso de difamação movido pelo ex-marido e ator Johnny Depp.
A atriz foi condenada a pagar 15 milhões de dólares (equivalente a 14,1 milhões de euros) – 10 milhões em indemnização por danos e cinco milhões de multa – a Depp. Também o ator foi condenado a pagar dois milhões de dólares (1,9 milhões de euros) em indemnização por danos a Heard, também por difamação.
Porém, na lei do estado da Virgínia só permite que as multas punitivas atinjam um máximo de 350 mil dólares. Assim, Amber Heard vai ter de pagar, na prática, oito milhões de dólares em indemnização por danos e 350 mil de multa.
Os atores conheceram-se em 2009, durante as filmagens da longa-metragem “O Diário a Rum”, e casaram-se em fevereiro de 2015, em Los Angeles, mas o laço quebrou-se em 2017, manchado por acusações de violência doméstica e uma ordem de restrição contra Johnny Depp, que pagou sete milhões a Amber.
No entanto, estes episódios marcaram apenas o início do fim. Os dois artistas reencontraram-se em tribunal na sequência de um processo movido pelo também produtor, na sequência de um artigo publicado no “The Washington Post” em que Amber, sem referir nomes, se dizia vítima de abusos físicos e psicológicos. Acusações negadas pelo ator.
No âmbito do mediático julgamento no Condado de Fairfax, Virginia, Depp, de 58 anos, diz ter sido alvo de violência doméstica e ainda que o casamento o deixou “destruído”.
Por sua vez, Heard, de 35, acusou o ex-marido de orquestrar uma “campanha difamatória” contra ela e descreve o processo como uma continuação de “abuso e assédio”.