Barreiras de segurança estão a ser substituídas para aumentar segurança. Pontes e viadutos vão ter sistema inovador desenvolvido de propósito.
A concessionária de autoestradas Ascendi está a investir 22 milhões de euros para tornar as estradas mais seguras, reduzindo o número de vítimas em caso de acidente. Do programa de substituição das barreiras de segurança que está em marcha, destaca-se um novo sistema desenvolvido especificamente para pontes e viadutos.
Esta quinta-feira, na apresentação do programa, em Ílhavo, Rui Ribeiro, presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, apontou este trabalho como um bom exemplo do contributo que o conhecimento científico e técnico pode dar para reduzir o número de vítimas mortais e feridos em caso de acidentes rodoviários.
As estradas e os veículos devem “proteger” os condutores e demais ocupantes dos veículos. “O condutor não tem de pagar com a vida por um erro ou distração”, defendeu Rui Ribeiro, considerando que as estradas devem ser “protetoras”. Lembrou, ainda, o objetivo de, até 2030, se reduzir em 50% o número de vítimas mortais e feridos graves.
Luís Silva Santos, presidente do Conselho de Administração da Ascendi, realçou que o investimento “não decorre de nenhuma obrigação contratual. Faz parte do nosso plano de reforço de qualidade como operador”.
Melhorados 220 quilómetros até final do ano
Depois de uma avaliação às barreiras de segurança, a Ascendi definiu um plano de substituição até 2024, num investimento que rondará os 22 milhões de euros. Até ao final deste ano serão gastos “cerca de 16 milhões de euros na substituição de 220 quilómetros de barreiras”, especificou a concessionária.
No caso das barreiras de segurança para pontes e viadutos, “não existindo no mercado nenhuma solução homologada que conseguisse responder aos requisitos de segurança pretendidos, a Ascendi realizou uma parceria com a empresa Roadsteel Engineering para o desenvolvimento de um novo e inovador sistema de barreiras para este tipo de estruturas”, acrescenta a empresa. O novo sistema já está a ser implementado na Concessão Beiras Litoral e Alta (A25) numa extensão de 16 quilómetros. Um dos exemplos pode ser visto no nó do Carvoeiro da A25.
O sistema, que demorou mais de um ano a desenvolver, é constituído por “barreiras com perfil tripla onda”. Entre outras características, permite conter veículos até 13 toneladas, inclui um dispositivo para maior proteção de motociclistas e apresenta uma solução para ser instalado sobre lancil de 30 centímetros, o mais comum nas autoestradas portuguesas. Este investimento em concreto, que ascende a nove milhões de euros, deverá ficar concluído maioritariamente até ao final de 2023, abrangendo um total de 63 quilómetros de barreiras de segurança em pontes e viadutos.