Embora os ‘media’ locais tenham acusado Feldstein desde a sua detenção, há três semanas, só hoje, quando foi levantada a ordem de silêncio no caso ‘Bibileaks’ sobre a investigação do serviço de informações internas (Shin Bet) e da polícia, foi oficialmente confirmado que é ele o principal suspeito, bem como a linha seguida pelas autoridades nas investigações.
A linha de investigação centra-se num soldado reservista que trabalhava nos serviços de informações militares e enviou a Feldstein através de redes sociais documentos classificados em junho. O porta-voz reteve-os até setembro, quando na sequência da morte de seis reféns em Gaza os difundiu para meios de comunicação internacionais, segundo o canal 12 de televisão local, citado pela agência EFE.
Divulgar estes documentos tinha como objetivo condicionar a opinião pública israelita, quando decorriam protestos em massa contra o governo a exigir um cessar-fogo em Gaza para permitir o regresso dos sequestrados, depois do assassínio de seis deles.
Feldstein tratou de passar os documentos, segundo os quais o Hamas usava a questão dos reféns para dividir a população, para a imprensa internacional, depois de não ter conseguido divulgá-los no país, segundo o canal 12.
“O bando de Netanyahu liderou uma operação criminosa contra o acordo para libertar os reféns e contra as suas famílias, ao mesmo tempo que proporcionava ajuda ao inimigo e colocava em risco a segurança do Estado”, disse hoje, citada pela EFE, Einav Zangauker, mãe de um dos reféns, Matan Zangauker, raptado pelo Hamas em 07 de outubro de 2023.
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