A Coordenadora Nacional do Bloco de Esquerda (BE), Mariana Mortágua, já reagiu às declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, numa entrevista dada ao Público e à Renascença, onde admitiu que o navio de bandeira portuguesa impedido de entrar nos portos de Namíbia afinal tinha material para Israel, ao contrário do que tinha afirmado em agosto.

 

“Denunciamos. Governo negou. Agora confirma-se: navio com bandeira portuguesa leva armamento para Israel. Tirem a   do navio que arma o genocídio!”, exigiu a deputada bloquista, esta quinta-feira, na rede social X.

Recorde-se que as primeiras declarações de Rangel – que foram agora corrigidas – surgem após o Bloco de Esquerda (BE) ter questionado o Ministério dos Negócios Estrangeiros sobre um navio com bandeira portuguesa que foi impedido de entrar nos portos da Namíbia por transportar armas destinadas às forças militares israelitas.

Segundo o BE, o cargueiro Kathrin está registado no Registo Internacional de navios da Madeira, o que, frisa o partido, “coloca Portugal na situação de cúmplice das atrocidades e crimes levados a cabo por Israel”.

O governo namibiano indicou que o cargueiro em questão transporta oito contentores de explosivos Hexogen/RDX e 60 contentores de TNT com destino a Israel, que deverão ser descarregados em Koper, na Eslovénia.

O grupo parlamentar do Bloco de Esquerda questionou o Governo sobre se já ordenou a retirada da bandeira ao navio em questão ou se vai proibir qualquer navio com pavilhão português de se envolver no transporte de equipamentos militares para Israel.

Leia Também: Afinal, navio polémico transportava mesmo “material” para Israel

Compartilhar
Exit mobile version