À Lusa, fonte próxima do executivo da junta adiantou que na base da renúncia estará “um ato desenvolvido no âmbito das suas funções” e que, alegadamente, apenas envolve Mayan.

 

Num comunicado enviado à Lusa, Mayan afirma que não estão reunidas “as condições pessoais para continuar a exercer” o cargo.

“Tomei hoje a decisão, bastante difícil, de dele abdicar”, afirma Tiago Mayan, acrescentando que o motivo é da sua “inteira responsabilidade”.

“Apenas a mim me vincula, eximindo dessa responsabilidade os restantes elementos do executivo ou quaisquer funcionários, que nunca tiveram qualquer conhecimento ou interferência direta ou indireta nos atos ou omissões que cometi”, acrescenta.

Em causa estará a alegada gestão do Fundo de Apoio ao Associativismo Portuense, que nesta edição contemplava um valor global de 875 mil euros. À semelhança das anteriores edições, o apoio seria novamente atribuído pelas juntas de freguesia às associações.

Mayan acrescenta ainda que os restantes elementos do executivo são “merecedores de uma confiança plena por parte dos fregueses, para levar avante o restante mandato”.

“Fico, naturalmente, ao dispor para tudo o que seja necessário, por forma a assegurar uma adequada transição”, assinala.

À Lusa, fonte do gabinete da presidência confirmou que Mayan já informou o presidente da Câmara do Porto, o independente Rui Moreira, da decisão.

Tiago Mayan foi eleito, em setembro de 2021, presidente da junta com 36,92% dos votos, pelo movimento independente “Rui Moreira: Aqui Há Porto”, apoiado pela Iniciativa Liberal (IL), CDS, Nós Cidadãos e MAIS.

Foram eleitos para o executivo da junta Ana Júlia Furtado, José Ramos, Laura Lages Brito, Germano Castro Pinheiro, Tiago Lourenço (PSD) e Cláudia Bravo (PSD).

Tiago Mayan, ex-candidato presidencial da IL, formalizou em julho a sua candidatura à liderança do partido por estar insatisfeito com o rumo do mesmo e entender que a IL precisa de alcance, amplitude e arrojo.

[Notícia atualizada às 23h11]

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