Afonso tinha apenas 21 anos quando morreu atropelado, enquanto atravessava a passadeira, com o semáforo no verde para peões, no dia 8 de setembro, em plena Avenida dos Estados Unidos da América, na freguesia de Alvalade, em Lisboa.

 

O taxista que o atropelou fugiu do local, abandonando-o à sua morte. Foi um motociclista que por ali passava quem ligou para o 112. O jovem, natural de Guimarães mas a estudar em Lisboa, ainda foi transportado para o hospital, porém, os ferimentos eram demasiado graves para que pudesse sobreviver.

Indiferente ao que tinha feito, o homem que matou Afonso seguiu não só o caminho como com a vida. Estacionou o carro acidentado na zona de Marvila e continuou a conduzir outro táxi.

Conta a CNN Portugal que, dois dias depois do atropelamento mortal, o homem, de 48 anos, foi detido, por especulação. E novamente posto em liberdade. Novamente, porque, tal como confirmou a Polícia de Segurança Pública (PSP) num comunicado enviado, na terça-feira, ao Notícias ao Minuto, o taxista, que já tinha sido bombeiro, tinha um vasto cadastro criminal.

Aliás, quando matou Afonso, o homem cumpria uma pena de três anos pelo abuso sexual de uma menor, em 2018. E a este crime junta-se uma longa lista.

Já foi acusado de ofensas à integridade física, bem como de posse de arma proibida, de várias ofensas por negligência seguidas de omissão de auxílio e até já tinha, inclusive, atropelado mortalmente uma outra pessoa, sendo que dessa vez, acabou ilibado após a culpa ter sido atribuída ao peão.

Esta terça-feira, dias depois de uma reportagem da CNN Portugal ter denunciado o facto de o suspeito continuar a conduzir um táxi, mesmo depois de ter sido identificado e já ter passado um mês e meio do crime, este foi detido e colocado em prisão preventiva, “fortemente indiciado pela prática de homicídio, um crime de condução perigosa e um crime de omissão de auxílio”.

Foi hoje presente a juiz, depois de ser novamente detido na segunda-feira.

Notícias ao Minuto | 18:26 – 22/10/2024

O julgamento ainda não tem data marcada, mas os pais de Afonso esperam que o responsável pela morte do filho seja mesmo condenado pelo crime de homicídio.

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