“As autoridades do Sri Lanka confirmam a aprovação do acordo de princípio anunciado em 19 de setembro”, declarou o Ministério das Finanças do Sri Lanka em comunicado.

 

Atingido pela pior crise económica e financeira da sua história em 2022, o país obteve 2.900 milhões de dólares (2.600 milhões de euros) de ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI) um ano depois, em troca de severas medidas de austeridade e reestruturação da dívida.

A crise de 2022 levou o Sri Lanka a não pagar a sua dívida externa de 46.000 milhões de dólares (42.000 milhões de euros).

O antigo chefe de Estado Ranil Wickremesinghe anunciou um acordo com os detentores de obrigações soberanas e o Banco de Desenvolvimento Chinês dois dias antes das eleições presidenciais de 21 de setembro.

O acordo previa a anulação de 27% da dívida soberana detida pelos credores privados do país e de 11% dos juros devidos pelo Sri Lanka desde que entrou em incumprimento.

O novo presidente de esquerda do país, Anura Kumara Dissanayake, declarou a sua intenção de “renegociar” certas cláusulas do acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), nomeadamente a redução dos impostos sobre os bens essenciais, que são muito impopulares.

Vijita Herath, ministro das Finanças do Sri Lanka, anunciou que uma equipa do FMI se deslocaria a Colombo na quarta-feira para se encontrar com o novo Governo. As negociações com a instituição deverão ter início no final deste mês nos Estados Unidos, acrescentou.

O acordo de reestruturação deve ser apresentado ao Parlamento para ratificação.

Estão previstas eleições legislativas antecipadas em 14 de novembro, na sequência da dissolução da Assembleia por Dissanayake pouco depois da sua tomada de posse.

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