“O secretário de Estado da Justiça, apesar de poder ter implementado medidas que resolvessem, entre outros, este problema, preferiu fazer mera propaganda, mentindo e enganando os portugueses e o resultado está à vista, o que merece ser destacado e desmascarado perante os cidadãos”, salienta o Sindicato dos Trabalhadores dos Registos e do Notariado (STRN), em comunicado.

A situação demonstra, “mais uma vez, que a transformação digital apregoada pelo secretário de Estado da Justiça, Pedro Ferrão Tavares, é uma anedota”, critica o STRN.

O sindicato refere que os Serviços de Registo da Madeira “não têm acesso às caixas de correio eletrónico há mais de quatro meses, o que tem provocado enormes e graves constrangimentos internos e externos, que têm prejudicado, ainda mais, a disponibilização de diversos serviços públicos essenciais aos cidadãos e às empresas, que assim veem agravado o tempo de espera na resolução dos seus problemas”.

“A propaganda do secretário de Estado da Justiça não consegue esconder este grave problema, que faz com que todos os e-mails que são remetidos aos Serviços de Registo da região por parte dos cidadãos não vão ser respondidos”, lamenta o STRN.

De acordo com o sindicato, os Serviços de Registo trabalham ainda com equipamentos com mais de 20 anos, que têm o sistema operativo XP e “sem qualquer garantia de segurança informática”.

“O desinvestimento de que o setor dos registos tem sido alvo ao longo dos anos, apesar de gerar mais de 600 milhões de euros de receita por ano, é de tal modo flagrante que fez o setor bater no fundo”, sublinha o sindicato.

“Se é assim com as simples caixas de correio eletrónico imagine-se com o resto”, acrescenta.

A agência Lusa questionou o Ministério da Justiça sobre esta situação, não tendo obtido resposta até ao momento.

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