É nos meses de verão, e sobretudo após as férias, que muitas pessoas retomam as atividades desportivas para queimar os excessos da época e iniciar a chamada ‘operação biquíni’ para o ano seguinte. Para além dos benefícios para o corpo e para a saúde mental, o desporto tem diversos efeitos que, comprovadamente, melhoram a saúde capilar. No entanto, é fundamental que atividade física seja acompanhada de hábitos saudáveis.

Tal como afirma Carlos Portinha, coordenador clínico do grupo Insparya, um dos principais benefícios do desporto é “o aumento da serotonina, a denominada hormona da felicidade, que ajuda a combater o stress, um dos principais inimigos do nosso cabelo”. Isto porque quando estamos perante situações de stress “o cortisol, a hormona do stress, pode apresentar valores elevados, alterando os proteglicanos – molécula de proteína encarregue de criar e manter as células bem como a comunicação entre o interior e o exterior do folículo capilar, o que afeta o funcionamento normal do folículo piloso, prejudicando a sua função e regulação”, explica em comunicado.

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O desporto também favorece a oxigenação do couro cabeludo, promovendo “a circulação, o que resulta num maior fornecimento de nutrientes ao couro cabeludo e numa maior vitalidade para o mesmo”. A oxigenação mais elevada permite igualmente “um fluxo sanguíneo mais elevado, o que significa mais nutrientes, facilitando uma alimentação mais rápida dos folículos capilares e favorecendo o seu crescimento”.

Praticar desporto aumenta também a transpiração, “permitindo a eliminação de toxinas através dos poros da pele e do couro cabeludo. Isto favorecerá a normalidade dos ciclos de crescimento e queda de cabelo habituais (fases anagénica, catagénica e telogénica) para que, quando o cabelo cair (o que normalmente acontece), possa recuperar normalmente”.

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A importância da alimentação

Um dos fatores chave na hora de praticar desporto, com benefícios para a saúde capilar, é a alimentação. Carlos Portinha sublinha que “é imprescindível ter uma alimentação equilibrada, rica em frutas, frutos secos e peixe azul, pois ajudará a manter o cabelo saudável”. Para além disso, “as verduras e a carne são também necessárias pelo seu elevado índice de vitaminas, proteínas de origem animal, vegetal e mineral”. O ideal é “seguir uma dieta equilibrada que inclua os nutrientes suficientes, oligoelementos e vitaminas para oque não seja necessário o recurso a suplementação”.

A suplementação pode provocar efeitos contrários ao desejado, especialmente no que diz respeito à  saúde capilar. Segundo um estudo publicado no The World Journal of Men’s Health e citado na mesma nota de imprensa, o abuso de certos suplementos, como os esteróides, pode ser extremamente prejudicial para a reprodução masculina, aumentar o risco cardiovascular e provocar a queda de cabelo. “Isto deve-se a um aumento da dihidrotestosterona, um metabolito biologicamente ativo da testosterona, que é sintetizado na próstata, nos testículos, nos folículos pilosos e nas cápsulas supra-renais e que tem uma ação direta sobre os recetores hormonais dos folículos pilosos. Quando ingerida em grandes quantidades (acima da média), pode levar a um aumento da queda de cabelo, embora, neste caso, se detetado atempadamente, pode ser reversível, desde que se interrompa a ingestão de anabolizantes.”

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