O cancro oral é uma doença silenciosa e frequentemente diagnosticada em estado avançado. Embora muitos associem o seu desenvolvimento ocorrência a fatores como a genética, a verdade é que muitos casos estão diretamente relacionados com hábitos do dia a dia.
“Os casos de tumores na boca estão a aumentar globalmente. O tabagismo e o consumo excessivo de álcool continuam a ser os fatores de risco mais significativos, mas estamos a observar um número crescente de casos associados ao HPV [vírus do papiloma humano]”, alerta o médico Nigel Carter, diretor da Oral Health Foundation, uma instituição do Reino Unido, citado pelo jornal Metrópoles. Como explica Carter, muitos casos estão associados a sexo desprotegido e infeções sexualmente transmissíveis.
Leia Também: Cancro colorretal. Os primeiros sintomas a que tem de estar atento
O risco de cancro oral é igualmente superior em pessoas que fumam. “Quem fuma ou já fumou durante muitos anos deve visitar o dentista para que sejam realizadas avaliações mais minuciosas”, sugere.
A ingestão de álcool é igualmente de evitar. “A maioria das pessoas não associa o risco de altas ingestões de álcool à probabilidade de desenvolver neoplasias e isso é preocupante, já que a bebida é tão perigosa para o organismo como um cigarro”, esclarece.
O médico refere ainda que a alimentação pode ter um papel determinante. Um estudo da Oral Health Foundation concluiu que evitar o consumo de fruta pode aumentar em até 48% o risco de cancro oral. O perigo é também elevado para quem não atinge as quantidades necessárias diárias de cálcio e de vitamina C.
Leia Também: Hoje é o Dia Mundial da Pneumonia. Eis as respostas às principais dúvidas