As sanções foram aplicadas às Forças Aeroespaciais russas, o Comando da Aviação Militar de Transporte e o 924º Centro Estatal de Aviação Não Tripulada, bem como contra cinco navios da Marinha russa que terão sido usados no transporte do armamento.
Londres explicou que decidiu congelar os bens destas três entidades por envolvimento em acções que “desestabilizam a Ucrânia ou minam ou ameaçam a integridade territorial, a soberania ou a independência” do país, de acordo com um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico.
As medidas, anunciadas em paralelo a sanções ao Irão, são uma resposta à transferência pelo regime iraniano de mísseis balísticos para a Rússia para serem utilizados na guerra contra a Ucrânia.
Estados Unidos, Alemanha, França e Reino Unido condenaram hoje o fornecimento de mísseis balísticos iranianos à Rússia e anunciaram medidas contra Teerão, como a revogação de acordos bilaterais de transporte aéreo.
“Esta é uma nova escalada no apoio do Irão à guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia, através da qual os mísseis iranianos atingirão o território europeu e aumentarão ainda mais a dor dos ucranianos”, declararam os ministros dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Reino Unido e França num comunicado conjunto, após Washington ter também anunciado medidas contra Teerão.
Para a alemã Annalena Baerbock, o britânico David Lammy e o francês Stéphane Séjourné, “esta é uma escalada tanto do lado iraniano como do lado russo e constitui uma ameaça direta contra a segurança europeia”.
Os três países recordaram que já tinham avisado para novas medidas contra o Irão caso se concretizasse a transferência de mísseis para a Rússia e que afirmam “ter agora confirmação”.
Neste contexto anunciaram a revogação dos acordos bilaterais de transporte aéreo com o Irão.
A Alemanha, a França e o Reino Unido vão também promover medidas para que a companhia aérea estatal Iran Air seja sancionada.
Além disso, indicaram que vão trabalhar para identificar as pessoas e entidades envolvidas no programa de mísseis balísticos do Irão e na transferência de armas para a Rússia.
Desde o início da invasão em 2022, a comunidade internacional impôs numerosas sanções contra Moscovo e ofereceu assistência a Kiev para fazer face às tropas russas estacionadas no leste do país.
Acusou também a Coreia do Norte, a China e o Irão de fornecerem armas à Rússia.
Em resposta às sanções britânicas, o governo russo tomou medidas semelhantes, punindo altos funcionários do governo, empresas, peritos e até jornalistas.
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