A conta ‘Khamenei_Heb’ aparece com um aviso de suspensão por ter alegadamente violado as regras da rede social.

 

A suspensão ocorreu poucas horas depois de Khamenei ter publicado uma mensagem em hebraico, referindo-se ao ataque que Israel realizou contra bases militares iranianas no sábado, noticiou o jornal The Times of Israel.

“Os danos causados pelo regime sionista não devem ser exagerados nem minimizados”, afirmou o líder supremo do Irão, denunciando o “erro de cálculo” de Israel, na primeira reação ao ataque israelita.

“Não conhecem o Irão e os jovens iranianos. Não conhecem a nação do Irão. Ainda não foram capazes de compreender adequadamente o poder, a capacidade, a iniciativa e a determinação do povo do Irão. Devemos fazê-los compreender isso”, disse Khamenei.

© Reprodução/ X  

Esta não é a primeira vez que o líder supremo iraniano é suspenso ou removido das redes sociais.

Em fevereiro, o grupo tecnológico norte-americano Meta removeu as contas de Khamenei no Facebook e no Instagram devido a demonstrações de apoio ao movimento islamita palestiniano Hamas, depois do ataque de 07 de outubro de 2023 contra Israel.

As redes sociais, como a X e o Facebook, estão bloqueadas no Irão há anos, obrigando os iranianos a utilizarem uma rede privada virtual, conhecida como VPN (sigla em inglês), ou um outro serviço de ocultação de localização para aceder a estas plataformas.

Pela primeira vez, Israel anunciou publicamente que tinha atacado o Irão, lançando ataques aéreos na madrugada de sábado contra instalações de fabrico de mísseis em três províncias do país, incluindo a capital, Teerão.

As forças armadas iranianas afirmaram que apenas os “sistemas de radar” tinham sido danificados e informaram que quatro militares foram mortos.

As autoridades e os meios de comunicação social iranianos minimizaram o impacto do ataque, elogiando as capacidades defensivas do Irão.

Israel estava a responder a um ataque de mísseis iranianos contra território israelita em 01 de outubro.

Teerão indicou que aquele ataque destinava-se a vingar a morte, em 27 de setembro, do então líder do Hezbollah Hassan Nasrallah, morto num bombardeamento israelita perto de Beirute, bem como a morte, em 31 de julho, em Teerão, do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, numa operação também atribuída a Israel.

O Irão afirmou o direito a defender-se após os ataques de sábado de Israel, inimigo declarado.

E Israel ameaçou fazer com que o Irão “pague um preço elevado” se retaliar.

Entretanto, Teerão pediu uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU para “tomar uma posição firme e condenar forte e claramente” os ataques de Israel.

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