Luís Montenegro, que falava durante o debate preparatório do Conselho Europeu, que decorre entre quinta e sexta-feira em Bruxelas, recordou os desafios apontados pelo relatório Draghi, relativos à competitividade europeia, nomeadamente de “ultrapassar graves carências do ponto de vista do investimento em setores estratégicos e na prossecução de maior autonomia económica a vários níveis da Europa e de cada um dos Estados-membros”.

 

Segundo o chefe do Governo, a UE precisa de assegurar um investimento anual de 750 a 800 mil milhões de euros por ano, sendo necessário “reforçar os mecanismos de financiamento, sejam dos Estados-membros ou de instrumentos de investimento privado”.

“O Governo quer estar na linha da frente deste debate sobre as fontes de financiamento e sobre o quadro financeiro plurianual, que possa conjugar-se com os interesses de Portugal e de prosseguir políticas de coesão, que são uma necessidade do país”, referiu.

“Quero reiterar que a nossa participação será efetiva e, cremos mesmo, liderante nesta discussão, que é absolutamente crucial para o futuro do país”, disse Luís Montenegro.

O primeiro-ministro falava na intervenção inicial do debate parlamentar, na qual destacou que o próximo Conselho Europeu é o último com o atual presidente, Charles Michel, e que este órgão “será doravante presidido por António Costa”.

Montenegro sublinhou a atribuição do pelouro dos Serviços Financeiros e União de Poupanças e Investimentos à comissária portuguesa designada, a antiga ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque.

“Temas tão importantes como a competitividade e o crescimento económico têm o reconhecimento do que pode ser a participação de Portugal neste importante dossiê”, destacou.

Os dirigentes da UE reúnem-se em Bruxelas quinta e sexta-feira para debater a Ucrânia, o Médio Oriente, a competitividade, a migração e os negócios estrangeiros.

Antes da reunião do Conselho Europeu, os chefes de Estado e de Governo da UE e os dirigentes da região do Golfo reúnem-se hoje na primeira cimeira UE-Conselho de Cooperação do Golfo.

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