Esta última alertou para o “desaparecimento forçado” de Soler, tal como o próprio esposo da detida, e também oposicionista, Angel Moya.

 

Soler foi detida no domingo, mas não foi libertada horas mais tarde como era habitual cada vez que realizava uma das suas manifestações dominicais.

A sua detenção representa o 97.º domingo de detenções entre as Mulheres de Branco, segundo a denúncia de Moya. A ocorrida no domingo anterior prolongou-se por quase dois dias.

Na altura, a ativista denunciou nas redes sociais que durante a sua detenção foi ameaçada por um agente da Segurança do Estado com uma “detenção sem regresso” na primeira vez que, a partir de então, se manifestasse pela libertação dos presos políticos.

Moya, preso político da designada Primavera Negra (2003-2011), confirmou à EFE que Soler continuava sem regressar a casa passadas 48 horas da sua detenção.

Salientou ainda que esta é a detenção mais prolongada da ativista e que a Polícia Nacional Revolucionária (PNR), para onde ligou à procura de informação, lhe disse que não tinha conhecimento da sua situação.

Soler, em entrevista recente à Efe, realçou que tinha intenção de prosseguir com os seus protestos dominicais, apesar das ameaças.

“Se se tem consciência do que se faz e porque se luta, não importa nem a idade, nem a doença, nem que nos coloquem em um calabouço, porque fazem isto nos domingos para nos amedrontar, para que nos cansemos, para que tenhamos medo e desistamos”, afirmou.

Por seu lado, a Cubalex denunciou na segunda-feira que foram detidos de forma “arbitrária” José Elías González Agüero e Alejandro García Arias, membros do não autorizado Partido União por Cuba Livre, e Óscar Elias Biscet, fundador do Projecto Emília.

Estes três, adiantou a Cubalex, foram libertados horas depois.

Nos últimos dias foram noticiadas várias ações repressivas em Cuba, como as que denunciaram os meios não oficiais AMPM, que suspendeu “indefinidamente” a publicação pelas pressões recebidas pelo seu diretor, e El Toque. No domingo, um repórter do Cubanet referiu ter sido alvo de ameaças pelo seu trabalho.

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