Na sua declaração perante os jornalistas, o líder parlamentar do PSD começou por salientar “o sentido de Estado e de responsabilidade” do primeiro-ministro, Luís Montenegro, pela contra proposta que apresentou a Pedro Nuno Santos para se aproximar das exigências do secretário-geral do PS, tendo em vista a viabilização do Orçamento do Estado para 2025.

 

“De forma muito clara, foi ao encontro das principais preocupações do PS, acolhendo, de resto, propostas concretas do programa dos socialistas. Considero que foi dado um grande passo para que o país possa sair do impasse e reganhar estabilidade com a aprovação do Orçamento”, afirmou.

Interrogado sobre a resposta que espera dos socialistas à contraproposta agora apresentada pelo líder do executivo, Hugo Soares fez questão de referir que o PSD “respeitará o tempo de reflexão do PS”.

“Mas os portugueses ficaram com a certeza de que este Governo tem grande capacidade de diálogo, compreende as circunstâncias da conjuntura internacional. Pretende-se baixar o IRC, como sempre foi o nosso propósito, mas também acolhendo as propostas do PS sobre benefícios em sede de IRC”, apontou.

Numa alusão à nova proposta de IRS jovem apresentada por Luís Montenegro, o líder da bancada social-democrata assinalou que a esmagadora maioria das famílias “tem um filho ou um neto que emigrou”.

“Queremos que os jovens tenham mais rendimento para que se possam fixar em Portugal”. Depois, Hugo Soares completou: “Sinceramente, vamos baixar o tom do conflito político. Este é o tempo do PS fazer a sua reflexão”.

Pela parte do presidente do Grupo Parlamentar do CDS-PP, o primeiro-ministro apresentou ao PS “um contra proposta irrecusável”.

“O Governo fez tudo o que estava ao seu alcance para ir ao encontro do PS em questões como o IRC e o IRS jovem, mostrando elevado sentido de responsabilidade e patriotismo. O Governo cedeu e estão criadas as condições para que o Orçamento do Estado para 2025 seja aprovado no parlamento”, sustentou Paulo Núncio.

Paulo Núncio acrescentou ainda que o mais importante “é evitar uma crise política em Portugal, quando o mundo está a atravessar um período perigoso”.

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