Numa declaração política na Assembleia da República, o deputado e vice-presidente do PSD Alexandre Poço referiu o congresso do partido que decorreu este fim de semana em Braga e quis expressar “as principais conclusões” desta reunião magna.

 

“O PSD está a governar para as pessoas, o PSD está a fazer a mudança tranquila no nosso país, o PSD confia nos portugueses e no futuro de Portugal”, afirmou, indicando que “ao fim de seis meses” de governação, o “foco tem sido muito claro, a resolução dos problemas da vida das pessoas”.

Alexandre Poço elencou várias medidas e reformas que o Governo já implementou, entre as quais a baixa de IRS, mudanças na imigração, o aumento do Complemento Solidário para Idosos e o suplemento extraordinário para pensionistas, a disponibilização de mais alojamento estudantil, a isenção de IMT e imposto de selo ou garantia na compra da primeira habitação, o programa de emergência na saúde, os acordos com várias classes profissionais no que toca aos rendimentos e ainda o passe ferroviário verde, referindo que desde segunda-feira já foram pedidos 3300.

O vice-presidente do PSD perguntou também “se era fácil porque não estava feito” e recusou colagens ao PS: “Se fôssemos iguais ao PS provavelmente isto não estava feito”.

Pelo PS, o deputado Francisco César afirmou que “um congresso é sempre oportunidade para falar ao país” e que era importante que os sociais-democratas tivessem “verdadeiramente falado ao país”.

O vice-presidente da bancada parlamentar e membro do Secretariado Nacional defendeu que no que toca a saúde ou educação “piorou, e muito” com as medidas do atual Governo.

No que toca ao IRS, Francisco César questionou se Alexandre Poço se referia à “primeira medida de mais de mil milhões do PS ou à segunda medida aprovada aqui no parlamento sob proposta do PS”, acusando o PSD de “inaugurar e anunciar coisas que o PS tem vindo sucessivamente a anunciar”.

“Os senhores vêm aqui disfarçar o vosso orçamento. Este orçamento é calamitoso”, criticou.

Na resposta, Alexandre Poço considerou que o PS parece “o louco no meio da ponte, que não sabe se há de ir para a frente ou para trás” e questionou se as obras públicas são propriedade dos socialistas, salientando que são pagas com os impostos dos portugueses.

Também o BE acusou o Governo de ter feito “zero” na habitação ou na saúde e acusou o PSD de uma “inversão total das prioridades” e de não responder às necessidades das pessoas”.

Marisa Matias assinalou que o PS “dá a mão ao PSD no orçamento” enquanto o Chega “cede o seu discurso”.

Pelo PCP, a líder parlamentar considerou que “a realidade da vida das pessoas todos os dias é de dificuldades”. Paula Santos acusou o PSD de passar “deliberadamente ao lado das preocupações da vida das pessoas” e de insistir numa “opção que conduzirá a mais desigualdades, injustiças e agravamento das condições de vida”.

O líder parlamentar da IL considerou que a descida do IRS traduz-se numa “coisa muito poucochinha” e no que toca à saúde indicou que “o plano de emergência falhou e as urgências continuaram fechadas”. Rodrigo Saraiva quis saber também “para quando o crescimento económico”

Pelo CDS, partido que integra o Governo, Paulo Núncio saudou a forma como o executivo “tem vindo a governar para resolver os problemas dos portugueses” e salientou que algumas das medidas anunciadas pelo primeiro-ministro no encerramento do congresso são bandeiras do seu partido.

Rui Tavares, do Livre, defendeu que o futuro passa por um “novo modelo de desenvolvimento” e pediu mais investimento para a ciência e investigação.

A deputada única do PAN lamentou não terem existido referências a “matérias estruturais” como o ambiente ou o combate às alterações climáticas.

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