Este aviso foi transmitido por Hugo Soares no encerramento do debate na generalidade da proposta de Orçamento do Estado para 2025, num discurso que terminou com um apelo ao “respeito da decisão soberana do povo português” nas últimas eleições.

 

Hugo Soares frisou que os portugueses escolheram o programa eleitoral apresentado pela Aliança Democrática, coligação formada pelo PSD, CDS e PPM.

Neste contexto, deixou um segundo apelo, desta vez a que haja respeito pela Assembleia da República, órgão de soberania que viabilizou o programa de Governo liderado por Luís Montenegro.

“Quero com isto dizer que seria inadmissível que os mesmos que garantem viabilizar o Orçamento do Estado aproveitassem a fase de especialidade para o desvirtuar. A constatação é clara: Herdámos um país num caos funcional, mas não descansaremos sem transformar Portugal”, declarou.

Na fase inicial da sua intervenção, o líder da bancada social-democrata referiu que a anunciada viabilização do Orçamento representa estabilidade e previsibilidade para as políticas públicas, dá confiança aos agentes económicos, induz investimento externo e, sobretudo, cumpre o desejo da esmagadora maioria do povo português”.

“Atendendo aos estudos mais recentes, cerca de 80% dos inquiridos classifica como positiva a governação. Ora, a aprovação do Orçamento do Estado evita a interrupção de um ciclo governativo em que os portugueses estão a confiar. Por isso, cumprimento o PS pela sua responsabilidade”, disse.

Em relação aos partidos que votam contra a proposta de Orçamento na generalidade, Hugo Soares apontou que “o Chega diz que este é um documento socialista, mas são eles que votam semanalmente com o PS”.

“A Iniciativa Liberal, que sempre defendeu a redução de impostos, não se consegue rever num orçamento que baixa muitos impostos e que não sobe nenhum. Ninguém percebe”, comentou o presidente da bancada social-democrata.

Mas também deixou críticas ao PS por dizer que “aquilo que está a ser feito era fácil de fazer, embora os seus governos nunca o tenham feito”.

“Bem prega, Frei Tomás. Olha para o que ele diz, não olhes para o que ele faz”, acrescentou o presidente do Grupo Parlamentar do PSD.

Depois, procurou estabelecer um contraste entre os executivos do PS e o atual do PSD e CDS.

“Eles não fizeram, mas nós estamos a fazer. Eles são de palavras vãs, mas nós somos de ação”, declarou.

[Notícia atualizada às 17h53]

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