Em Sofia, os agricultores pediram a saída do governante, acusado de não cumprir as promessas para aliviar a carga administrativa sobre os agricultores, e relativas às compensações pelos elevados custos e queda dos rendimentos.

Tal como noutros países europeus, incluindo em Portugal, os agricultores búlgaros criticam os regulamentos comunitários, assim como o aumento dos custos dos fertilizantes e da energia devido à guerra da Rússia na Ucrânia e ao crescimento das importações de produtos agrícolas, que ao inundarem o mercado fazem baixar os preços.

O líder da Associação de Produtores Agrícolas, Ventsislav Varbanov, acusou o governo de somar mais encargos aos agricultores, em vez de os mitigar.

“Deixem-me lembrar-vos que os nossos interesses não foram protegidos nem quando os produtos ucranianos nos inundaram”, afirmou o dirigente, lamentando ainda a falta de garantias orçamentais para as perdas sofridas devido à invasão russa da Ucrânia.

Varbanov defendeu a necessidade de uma política governamental de longo prazo: “Queremos saber o que acontecerá amanhã, no próximo ano, nos próximos cinco anos”.

Entretanto, a associação de produtores de cereais anunciou que os seus membros poderão juntar-se aos protestos na terça-feira, também através de bloqueio de estradas.

A associação manifestou descontentamento com a declaração feita pelo primeiro-ministro, Nikolay Denkov, sobre o apoio financeiro ser apenas dado aos produtores de cereais que possam provar uma perda em 2023.

A associação exige que todos os produtores sejam de alguma forma compensados.

Os agricultores europeus, incluindo em Portugal, saíram à rua nas últimas semanas, cortando estradas com tratores e fardos de palha, exigindo a flexibilização da PAC e mais apoios para o setor, em ações que já levaram os Governos a adotar novas medidas.

Em Portugal, cerca de meia centena de tratores e máquinas agrícolas congestionaram hoje de manhã o Itinerário Complementar (IC) 2 na zona da Benedita, no concelho de Alcobaça, onde agricultores da região Oeste protestam contra o atual estado do setor.

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