O protesto ocorreu no início do evento no Michigan Stadium, em Ann Arbor, envolvendo cerca de 75 pessoas, muitas delas envergando o tradicional ‘kaffiyeh’ árabe, que juntamente com os seus bonés de formatura marcharam pelo corredor principal em direção ao palco.

As autoridades disseram que ninguém foi preso e que o protesto não interrompeu seriamente o evento de quase duas horas, que contou com a presença de milhares de pessoas, algumas agitando bandeiras israelitas, levando à intervenção da polícia estadual para não deixar os manifestantes chegar ao palco da cerimónia.

“Protestos pacíficos como este têm tido lugar nas cerimónias de início de curso da Universidade de Michigan há décadas”, disse a porta-voz da universidade, Colleen Mastony.

O Michigan foi uma das escolas que se preparou para os protestos durante as cerimónias de formatura deste fim de semana.

Nas últimas semanas, espalharam-se pelos campus universitários de todo o país, num movimento estudantil sem paralelo neste século, acampamentos de manifestantes, que têm apelado às universidades para que deixem de fazer negócios com Israel ou com empresas que, segundo eles, apoiam a guerra em Gaza.

Algumas escolas chegaram a acordos com os manifestantes para pôr fim às manifestações e reduzir a possibilidade de perturbar os exames finais e as cerimónias de formatura.

Muitos acampamentos foram desmantelados e os manifestantes detidos em ações de repressão policial.

A Associated Press registou pelo menos 61 incidentes desde 18 de abril em que foram efetuadas detenções em protestos em campus universitários nos EUA.

Mais de 2.400 pessoas foram detidas em 47 campus de faculdades e universidades, números baseados em relatórios da AP e em declarações das universidades e das autoridades policiais.

Em Princeton, Nova Jérsia, 18 estudantes iniciaram uma greve de fome num esforço para pressionar a universidade a desinvestir em empresas ligadas a Israel.

Os protestos têm agitado muitas universidades, em várias cidades dos Estados Unidos, desde o ataque do Hamas no sul de Israel, que matou cerca de 1.200 pessoas, a maioria delas civis, e fez cerca de 250 reféns.

Durante a guerra que se seguiu, Israel matou mais de 34 mil palestinianos na Faixa de Gaza, de acordo com o Ministério da Saúde local controlado pelo Hamas, que não faz distinção entre combatentes e não combatentes.

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