Isaac Sidney disse que a banca brasileira conseguiu ultrapassar momentos difíceis e hoje é resiliente e moderna, mas precisa, como qualquer setor, “de estabilidade macroeconómica, ou seja, inflação baixa, previsível e estável. E isso tem como ponto de partida e de chegada os equilíbrios das contas públicas”.

 

Aspetos essenciais para que “haja um ambiente propício para ter juros mais baixos e expandirmos o crédito e também os investimentos”, acrescentou.

Na opinião daquele representante da banca brasileira, “o Brasil vive hoje um paradoxo” que deve ser enfrentado, mais cedo ou mais tarde.

“A gente tem dados correntes da economia excelentes, dados animadores, PIB, consumo, varejo (vendas a retalho), mercado de trabalho, indústria. Mas, por outro lado, temos problemas estruturais no campo das finanças públicas ainda não resolvidas”, sublinhou na sua intervenção na conferência do Lide, que reuniu hoje, em Lisboa, empresários e responsáveis políticos e empresariais de Portugal e do Brasil.

O presidente da Febraban afirmou que “a realidade mostra que há uma trajetória fiscal que não é sustentável”.

“Precisamos de fazer mais cortes nos gastos obrigatórios e é importante reduzir também as vinculações e as indexações do orçamento público”, defendeu, considerando que, se o Brasil fizer isso “rápido”, a resposta “vai ser muito positiva”.

Os bancos estarão sempre “como catalisadores dos investimentos”, garantiu, mas para isso, é “preciso um bom ambiente de negócios” e isso exige “um quadro macroeconómico estável e um quadro

Sidney garantiu que a banca do Brasil tem capacidade para apoiar os investimentos e que “existem formas corretas de um crescimento duradouro e a direção do Brasil está correta”.

Mas insistiu: “Precisamos de imprimir um ritmo bem mais forte na contenção dos gastos públicos. O tempo é ouro”.

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