“A imagem que nos quiseram colar de um partido que é insensível aos mais pobres é a imagem errada (…) A nossa marca é tratar dos mais pobres, essa é a imagem de um governo social-democrata, de um governo como o de Cavaco Silva quando criou o 14.º mês para os reformados ou quando erradicou as barracas”, afirmou Manuel Castro Almeida, numa intervenção no 42.º Congresso do PSD.

 

Do lado da oposição, sobretudo à esquerda, o ministro Adjunto lamentou que tenham tentado colar ao PSD a imagem de “2011, 2012, 2013, dos cortes, da recessão, da austeridade que nos obrigaram a fazer com a ‘troika'”, referindo-se ao período da governação de Passos Coelho.

Manuel Castro Almeida foi o primeiro destacado dirigente do PSD a abordar o tema das presidenciais e, sem dizer nomes, defendeu o perfil que está expresso na moção do líder Luís Montenegro, que já admitiu que o antigo presidente do partido Luís Marques Mendes é um dos que “encaixa melhor” nessas linhas.

“Temos de apoiar e fazer ganhar um candidato do PSD que tenha grande experiência política, grande maturidade política e grande capacidade de unir o país e grande capacidade de isenção e que seja capaz de mobilizar Portugal”, afirmou.

Sobre as autárquicas, defendeu igualmente a ambição de vencer: “Depois da grande vitória de Carlos Moedas (em Lisboa), falta-nos agora ganhar o Porto e muito mais capitais de distrito”, disse.

Sobre o recente processo de negociação do Orçamento do Estado para 2025, defendeu que o Governo teve a postura correta e é hoje “o principal referencial da estabilidade” em Portugal.

“Não há quem não pense que, se houvesse eleições, o PSD seria o partido mais beneficiado, mas apesar disso a nossa opção foi por defender o interesse nacional em vez do interesse partidário”, afirmou.

Pelo contrário, acusou a oposição de taticismo: “Um dia a querer uma coisa, noutro dia o seu contrário sempre a desconsiderar a estabilidade de que o pais precisa”, afirmou.

O ministro Adjunto deixou ainda um elogio ao novo militante do PSD, o eurodeputado Sebastião Bugalho, que tinha discursado minutos antes.

“Se este congresso não servisse para mais nada, e serve, serviria para termos Sebastião Bugalho como militante do PSD. A política não é uma coisa para velhos, interessa a todos, sobretudo aos jovens”, afirmou.

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