Dois dos arguidos da operação Babel vão ficar em prisão preventiva, uma medida de coação conhecida, esta sexta-feira, após terem sido ouvidos no Tribunal de Instrução Criminal do Porto.
Patrocínio Azevedo, vice-presidente da Câmara de Gaia, e Paulo Malafaia, empresário, que foram detidos no âmbito da operação Babel, relacionada com alegada corrupção em projetos imobiliários na autarquia gaiense, vão ficar em prisão preventiva.
O juiz de Instrução Criminal determinou, ainda, que Elad Edror, empresário israelita, pode ficar em liberdade, mediante o pagamento de uma caução de um milhão de euros e a entrega do passaporte.
O empresário, falando à saída do Tribunal de Instrução Criminal, afirmou que “disse a verdade mas não posso falar mais porque posso ficar em apuros”.
“No que diz respeito a mim e à Fortera é tudo uma treta. Nunca pedi a ninguém para fazer algo ilegal por nós. Temos projetos espetaculares e devíamos ser apoiados pela Autarquia. Viemos com boas intenções. Os projetos vão ser feitos, a Fortera vai prosperar talvez não comigo a liderar porque sou muito interessante para a opinião pública. Vou tornar-me menos interessante e vou para junto da minha família, que tenho cinco filhos à minha espera”, sublinhou Elad Dror.
José Maria Formosinho Sanches, advogado do empresário, disse que o processo é grande, “requer muita análise” e só depois poderá decidir se vai recorrer, mas frisou que o seu cliente saiu em liberdade e mantém se disponível para prestar esclarecimentos
O advogado João Lopes, outro do arguidos do processo, e que, segudo a investigação, servia de ponte entre Patrocínio Azevedo e os dois empresários, ficará em prisão domiciliária, com pulseira eletrónica. Amândio Dias, um funcionário da Direção Regional de Cultura, foi suspenso de funções.
A todos foi imposta a proibição de contactos entre si.