A vice-presidência da Câmara de Vila Nova de Gaia passa a ser assegurada pela vereadora Marina Mendes, após a detenção e colocação em prisão preventiva do vice-presidente, Patrocínio Azevedo, no âmbito da Operação Babel. Eduardo Vítor Rodrigues reafirma a sua inocência no caso.
“Decidi pela transferência das funções de vice-presidente para a doutora Marina Mendes, número 3 da lista autárquica e responsável pelas áreas da Educação e Ação Social”, afirmou o presidente da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, numa declaração lida antes do início da reunião pública do executivo municipal.
O autarca reafirmou a “total ausência” de envolvimento pessoal no âmbito da Operação Babel, que levou à detenção e prisão preventiva do vice-presidente, Patrocínio Azevedo.
“Acho que tenho a obrigação, mas também o direito de reafirmar a minha total ausência de envolvimento pessoal em quaisquer atos ilícitos em processos urbanísticos ou outros, tendo sempre pautado a minha atuação pelo escrupuloso respeito pelas regras da lei e da ética”, afirmou Eduardo Vítor Rodrigues numa declaração lida no início da reunião pública do executivo municipal.
O presidente da Câmara sublinhou pautar a sua atividade municipal de todos os pelouros com a vigilância, envolvimento e confiança no desempenho de todos os colegas.
Patrocínio Azevedo em prisão preventiva
O vice-presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, Patrocínio Azevedo, ficou em prisão preventiva no âmbito da investigação da Operação Babel, anunciou na sexta-feira o Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto.
Este processo principal da Operação Babel centra-se “na viciação de normas e instrução de processos de licenciamento urbanístico em favor de promotores associados a projetos de elevada densidade e magnitude, estando em causa interesses imobiliários na ordem dos 300 milhões de euros, mediante a oferta e aceitação de contrapartidas de cariz pecuniário”.
Na Operação Babel estão em causa crimes de recebimento ou oferta indevidos de vantagem, de corrupção ativa e passiva, de prevaricação e de abuso de poder, praticados por e sobre funcionário ou titular de cargo político.