Antigo ministro da Economia, que está indiciado por crimes de corrupção, trocou o Algarve pelo Minho, para cumprir a medida de coação de prisão domiciliária.
O ex-ministro da Economia Manuel Pinho já está em prisão domiciliária em Braga. Anteontem, sob escolta da GNR de Faro, deixou a residência algarvia, próxima de Albufeira, para, com a mulher, habitar uma quinta em Gondizalves, Braga. Entretanto, o arguido, indiciado por corrupção e branqueamento de capitais, ainda não foi notificado do arresto, decretado pelo juiz Carlos Alexandre, de bens imobiliários e de parte da pensão de reforma.
A Quinta do Assento, na Avenida de Santo André, em Braga, é a nova residência do casal Pinho. Ontem à tarde ainda estavam a ser ultimadas obras de adaptação na residência, que não é habitada há muitos anos. Foi preciso instalar novos sistemas de telecomunicações, compatíveis com a vigilância eletrónica através de pulseira eletrónica.
A deslocação do ex-governante para Braga foi escoltada por militares afetos à investigação criminal da GNR de Faro. Também foram mobilizados elementos da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, a quem cabe monitorizar o cumprimento da prisão domiciliária.
A mulher do ex-governante, Alexandra Pinho, também é arguida e está sujeita a apresentações periódicas às autoridades, medida que deverá cumprir na GNR de Braga.
A mudança do Algarve para Braga foi pedida por Manuel Pinho e aceite por Carlos Alexandre, que, esta semana, decretou o arresto de 13 bens imóveis do casal e de grande parte da pensão do ex-ministro. Recebia 15 mil euros por mês e passa a receber 2115. Segundo a “Sábado”, tais arrestos foram promovidos pelos procuradores Carlos Casimiro e Hugo Neto.
Contactado pelo JN, Ricardo Sá Fernandes, advogado de Pinho, garantiu ainda não ter sido notificado da decisão do juiz.