A GNR esclareceu que vai pagar as taxas de justiça no processo a um militar que foi mordido no nariz e à sua mulher, que também é guarda e foi pontapeada pelo mesmo agressor, no posto de Beja. O esclarecimento foi feito, esta sexta-feira, depois ser noticiada uma campanha, no Facebook, para angariar fundos para ajudar aquele casal no pagamento de taxas de justiça e honorários de advogados.
No entanto, os dois militares agredidos não vão receber apoio da Guarda para pagar à advogada que contrataram, “uma vez que o apoio judiciário que a GNR estatutariamente pode prestar é feito através dos advogados que prestam serviço para a instituição, contratados por avença”.
A GNR explicou que os militares “optaram por constituir defensor antes de terem requerido o apoio judiciário à Guarda, e como tal, foi-lhes deferido parcialmente o requerimento”.
Ontem, quinta-feira, o JN noticiou que estava a decorrer uma campanha de angariação de fundos, promovida pela mulher de um colega dos militares agredidos, para custear “as taxas de justiça e os honorários” de uma advogada.
Terceiro militar agredido
O caso envolve um terceiro guarda, que também terá sido agredido. Quanto a este, a GNR vai nomear-lhe um advogado e assumirá igualmente os encargos com as custas do processo.
Em comunicado enviado às redações, a GNR garantiu que, desde o primeiro momento, disponibilizou “todo o auxílio necessário aos militares envolvidos, nomeadamente o acompanhamento relativo a cuidados de saúde, apoio psicológico, informação relativa ao apoio jurídico, alojamento e transporte para tratamentos”. “Este apoio tem-se mantido até à presente data e continuará a ser prestado”, prometeu ainda.
Agressor estava alcoolizado
No dia 13 de janeiro, os dois militares do sexo masculino intercetaram e submeteram a teste de alcoolemia um condutor, que acusou uma taxa de 1,2 gramas de álcool por litro de sangue.
O condutor foi levado para o posto da GNR para fazer uma contraprova e, por razões que se desconhecem, exaltou-se e agrediu os dois militares e ainda a mulher de um deles, que também estava no interior das instalações.
O agressor danificou ainda alguns bens do posto da GNR. Acabaria por ser algemado e, após interrogatório judicial, foi preso preventivamente.