Um funcionário da Câmara de Gondomar foi acusado dos crimes de falsidade e burla informática. O arguido, coordenador das piscinas municipais, possibilitou a contratação indevida de dois professores de natação, um dos quais nem sequer reunia as habilitações mínimas necessárias.
Segundo um comunicado da Procuradoria-Geral Regional do Porto, no âmbito dos contratos-programa celebrados entre o Município e a Federação Portuguesa de Natação, competia ao arguido, coordenador do Gabinete de Gestão das Piscinas Municipais de Gondomar, identificar os professores de natação que integravam o corpo técnico.
O objetivo seria garantir a continuidade do anterior corpo técnico. Porém, indicou dois indivíduos que não tinham integrado o corpo docente na época 2016 e 2017, conseguindo que estes fossem contratados para a época seguinte e assim fossem remunerados, apesar de um deles nem sequer reunir as habilitações necessárias para dar aulas.
Graças à falsidade cometida, a Federação Portuguesa de Natação aceitou e validou como docentes tais indivíduos, processando os respetivos pagamentos, o que determinou, quanto a um deles, pagamentos totalmente indevidos no valor superior a 16 mil euros, valor este que o Ministério Público requereu que fosse declarado perdido a favor do Estado.