O chefe da delegação regional do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) de Albufeira e dois cidadãos estrangeiros foram acusados de corrupção. O responsável terá aceitado dinheiro para acelerar e facilitar os processos de legalização de um dos arguidos e da esposa do outro.
Segundo a acusação do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Faro, o chefe regional do SEF, de 61 anos, terá recebido uma quantia monetária de um dos arguidos, de 44 anos, para agendar e facilitar o processo de obtenção de autorização de residência para a esposa. A entrega de dinheiro ocorreu em junho de 2018, no gabinete daquele responsável, fora do horário de expediente.
O outro caso deu-se um mês mais tarde, em julho de 2018, igualmente no gabinete do chefe regional e fora do horário de expediente. Nesse momento, o chefe do SEF terá recebido do terceiro arguido, de 24 anos, 200 euros para agendar com prioridade o seu processo de autorização de residência.
“As quantias monetárias entregues eram independentes das taxas, coimas e emolumentos devidos pelos processos de autorização de residência; e foram embolsadas pelo arguido em proveito próprio”, explica uma nota da Procuradoria da República de Faro.
O chefe da delegação do SEF foi agora acusado de dois crimes de corrupção passiva e cada um dos cidadãos estrangeiros um crime de corrupção ativa. A investigação esteve a cargo da Diretoria do Sul da Polícia Judiciária.