O porta-voz da plataforma sindical e presidente do Sindicato Nacional de Oficiais de Polícias, Bruno Pereira, revelou esta quinta-feira, que espera “uma solução que vá ao encontro das expectativas” das forças de segurança relativamente ao subsídio já dado atribuído à Polícia Judiciária (PJ).

Bruno Pereira reforçou que os polícias pretendem “parificar, nivelar e igualar o valor que foi dado à Polícia Judiciária”. Em declarações à RTP 3, junto do ministério da Administração Interna, em Lisboa, o representante disse que acredita que o Governo não faria “promessas políticas que pudesse cumprir”. 

O comissário da Polícia de Segurança Pública (PSP) afirmou que não há um valor fixo e que a “PSP e a GNR têm também uma estrutura hierarquizada e a correspondência tem de ser feita na mesma medida [da PJ]”. Questionado sobre os retroativos, Bruno Pereira salientou que não podem ser pagos a menos de 11 meses e que, mesmo assim, “já os polícias ficam a perder”. 

Sobre não ser possível um entendimento na reunião desta tarde com a ministra da Administração Interna (MAI), Margarida Blasco, Bruno Pereira disse que acredita “que a solução será apresentada hoje” e que irá respeitar “a dignidade destes profissionais”. 

Relativamente a possíveis forma de luta, no caso de as forças de segurança não chegarem a um entendimento com o executivo, Bruno Pereira realçou que “todos os cenários são possíveis”. No entanto, rejeitou protestos para o período que antecede as eleições Europeias. 

“Quero acreditar, que os polícias souberam respeitar durante meses o período pré-eleitoral, o período eleitoral, o período de estabilização do Governo exatamente porque é isso que se espera deles: um comportamento exemplar”, destacou.

Bruno Pereira falou ainda da “tristeza e exaustão” das forças de segurança, afirmando que os polícias têm sido “tratados como bastardos”. 

Recorde-se que a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, vai apresentar esta quinta-feira aos sindicatos da PSP e associações socioprofissionais da GNR a proposta de atribuição de um subsídio aos elementos das forças de segurança.

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