O número de suspeitos deverá aumentar “em parte com base na análise de um grande número de imagens”, acrescentou a polícia.

 

“Devido à gravidade das infrações, mas também devido ao seu impacto social, criámos imediatamente uma equipa de investigação especial”, explicou o chefe da polícia, Janny Knol, citado no comunicado de imprensa.

A polícia está “a investigar todos os crimes cometidos antes e depois do jogo”, disse Janny Knol, na sequência da violência que abalou a capital neerlandesa, levando a várias manifestações e a um quase colapso da coligação governamental.

Segundo a polícia, gerou-se uma elevada tensão antes do jogo de futebol da semana passada entre o Maccabi Telavive e o Ajax, a contar para a Liga Europa. Os adeptos israelitas entoaram palavras de ordem antiárabes, vandalizaram um táxi e queimaram uma bandeira palestiniana na praça principal de Amesterdão.

Após o jogo, os adeptos israelitas foram atacados por homens em trotinetas. A polícia referiu que os atacantes tinham sido encorajados nas redes sociais a atacar judeus.

Cinco adeptos do Maccabi tiveram de receber tratamento hospitalar, facto que provocou a indignação dos dirigentes ocidentais.

As autoridades neerlandesas e israelitas condenaram os ataques classificados como “antissemitas” e apelaram a que os autores fossem rapidamente punidos.

“Escusado será dizer, mas penso que vale a pena salientar, que estamos focados em todos os crimes cometidos antes e depois do jogo, independentemente da identidade do autor ou da vítima”, sublinhou Knoll.

Os grupos de defesa dos direitos dos muçulmanos condenaram o antissemitismo, mas sublinharam que a violência em Amesterdão não foi unilateral.

Na semana passada, o primeiro-ministro Dick Schoof atribuiu a culpa da violência a pessoas de “origem imigrante”.

Na sexta-feira à noite, o governo de coligação de direita de Dick Schoof evitou por pouco o colapso, depois da secretária de Estado neerlandesa para as Prestações e Alfandegas, de origem marroquina, Nora Achahbar, se ter demitido em protesto contra o que disse serem comentários racistas feitos por um dos seus colegas no gabinete, após a violência contra os adeptos israelitas.

O chefe do governo negou veementemente as alegações e tentou acalmar as preocupações após uma reunião de crise.

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