O ex-vice-presidente do Partido Social Democrata (PSD) Miguel Relvas comentou, esta quinta-feira, a confirmação de que a Procuradoria-Geral da República (PGR), Lucília Gago, vai ser ouvida no Parlamento, destacando que “a sensação que dá agora é a de quererem ‘bater’ em quem vai sair”.

“Esta senhora tem mais dois, três meses de mandato. Eu não gosto da influência da justiça na política mas a influência da política – como alguns agora tentam -, a meu ver, está a passar dos limites. Não pode haver esta precipitação que estão a tentar, nem da justicialização da política, nem da politização da justiça”, começou por afirmar, em comentário na CNN Portugal.

Na ótica de Miguel Relvas, o “mandato desta procuradora tem sido um mandato com algumas dificuldades ao longo dos anos”. “Desde a queda do anterior Governo, que a situação se acentuou. Nada fez até janeiro, nada fez depois. O Parlamento é o local próprio mas, neste caso, já peca por tardio. A sensação que dá agora é a de quererem ‘bater’ em quem vai sair”, frisou, de seguida.

E continuou: “A procuradora tem relevância no processo Influencer mas não é só a procuradora. A procuradora faz parte de todo um sistema”.

De recordar que a a procuradora-geral da República, Lucília Gago, disponibilizou-se, na quarta-feira, para ser ouvida no Parlamento, mas pediu que a audição decorra apenas após estar concluído o relatório de 2023 do Ministério Público, “dentro de escassas semanas”

Essa posição de Lucília Gago aconteceu após o Parlamento, ter aprovado, no mesmo dia, sem votos contra, requerimentos do PAN e do Bloco de Esquerda para Lucília Gago seja ouvida em Comissão de Assuntos Constitucionais sobre a atuação do Ministério Público.

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