A líder parlamentar do Partido Socialista, Alexandra Leitão, juntou-se, este domingo, à ‘multidão’ de responsáveis políticos que condenaram o ataque a imigrantes no Porto que decorreu na madrugada de sexta-feira.

Numa publicação partilhada na rede social X (antigo Twitter), a socialista refere-se não só a este caso que está a gerar polémica a nível nacional, como também ao ataque que aconteceu a um candidato ao Parlamento Europeu pelo SPD, Matthias Ecke, que foi espancado enquanto colocava cartazes da campanha em Dresden, na Alemanha.

“O ataque absolutamente condenável a imigrantes no Porto, tal como o brutal espancamento do candidato do SPD na Alemanha devem alertar-nos para o perigo da normalização da extrema-direita radical, xenófoba, racista, misógina e homofóbica, cujo discurso de ódio incita à violência”, escreveu Alexandra Leitão na rede social.

As agressões no Porto ‘prometem’ marcar os próximos dias, dado que um dos suspeitos ficou em prisão preventiva e outros suspeitos foram identificados pela Polícia de Segurança Pública (PSP). Os ataques foram feitos com facas e bastões, quando um grupo de homens invadiu uma casa de imigrantes, numa noite em que houve outros ataques.

A situação levou a que políticos, o ministério da Administração Interna e o Presidente da República condenassem o ataque ainda no sábado, quando o mesmo foi conhecido. Já este domingo, o líder do Chega sublinhou que era “prematura falar de ataques racistas”, algo que foi ontem indicado pela PSP. Ventura falou ainda sobre uma “esquizofrenia coletiva” de cada vez que o assunto envolvia imigrantes, acusando o Governo de estar em silêncio quanto a queixas de comerciantes da Baixa do Porto, onde “existe um problema sério” de criminalidade.

Seis homens foram identificados e um foi detido na sequência das agressões contra dezenas de imigrantes, no Porto. Várias figuras políticas reagiram a este ataque, considerando-os inaceitáveis e manifestando “repúdio” por qualquer ato racista e xenófobo.

Daniela Carrilho com Lusa | 23:32 – 04/05/2024

Já quanto ao ataque na Alemanha, este aconteceu na sexta-feira à noite, quando Matthias Ecke colocava cartazes em Dresden. O político foi espancado por quatro desconhecidos e ficou gravemente ferido. O partido pelo qual estava a trabalhar já implementou medidas de segurança, entre as quais vai agora impedir os candidatos de levarem a cabo ações de campanha sozinhos – devendo estas acontecerem com pelo menos quatro pessoas.

Políticos alemães reagiram ao ataque, e, entre as reações, esteve a do chanceler alemão, Olaf Scholz, que considerou que a “democracia está ameaçada por este tipo de atos”. Já esta sexta-feira, um adolescente, de 17 anos, entregou-se às autoridades alemãs, alegando ser um dos autores do ataque ao eurodeputado.

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