O ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, falou, este domingo, na ‘rentrée’ do CDS/PP, sobre o orgulho que sente pelo partido e da posição que o coletivo ocupa no Executivo.
“O CDS é um partido leal no Governo, do lado do Partido Social Democrata, na coligação da Aliança Democrática, liderada por Luís Montenegro. Saibam todos que a esse propósito o CDS é a Direita que soma”, referiu, na sua intervenção em Ponte de Lima, no distrito de Viana do Castelo.
“O CDS está numa coligação, mas não se dilui nessa coligação”, destacou.
O responsável pela pasta da Defesa Nacional, que fechou esta semana com declarações polémicas sobre Olivença – que não se ‘diluíram’, segundo defendeu, com as do Executivo -, continuou a falar da parceria entre estes dois partidos, que na coligação governam sem maioria absoluta e que estão prestes a enfrentar a batalha orçamental, já em outubro.
Mas, de volta a Ponte de Lima, Nuno Melo continuou a ressalvar que CDS e PSD ajudam a “resolver os problemas das pessoas e a melhorar o destino de Portugal”. E, apesar de falar na ‘rentrée’ do partido que lidera, Nuno Melo dirigiu-se a Paulo Núncio e Telmo Correia, líder parlamentar do CDS e secretário de Estado da Administração Interna, respetivamente.
“Quando tomámos posse, recebemos as Forças Armadas num enorme estado de abandono político, porque de abandono político se tratou. E prolongado”, considerou, falando do orgulho que sente em estar à frente da pasta. “Orgulho-me de ser o ministro da Defesa do Governo que procedeu ao maior aumento combinado de salários, suplementos, apoio aos militares em caso de morte e incapacidade – que não existia – e de auxílio aos antigos combatentes que respeitamos todos os dias, na compra de medicamentos”, exemplificou.
Sublinhando que também na Administração Interna foram dados passos, Melo falou das forças de segurança, militares, que “são pilares da soberania” e que o CDS “valoriza sempre que passa pelo Governo”.
Depois de falar do estado em que ‘recebeu’ as Forças Armadas, Melo voltou ainda a aludir ao Executivo anterior: “Quanto à Defesa, usando uma expressão que ficou conhecida nos tempos de outras lideranças: ‘Habituem-se’, porque só estamos a começar.”
O governante referia-se ao momento em que António Costa deu uma entrevista à revista Visão e que usou a expressão ‘Habituem-se’. Costa foi acusado de arrogância, e mais tarde referiu que a mesma expressão tinha sido retirada de contexto, mas as palavras geraram alguma polémica.
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