Na sequência da ‘nega’ da Associação 25 de Abril ao convite para a sessão solene do 25 de Novembro que decorrerá no Parlamento, João Ferreira, vereador da Câmara Municipal de Lisboa pelo Partido Comunista Português (PCP), deixou uma mensagem na rede social X – antigo Twitter.
“É uma evidência que a operação montada em torno do 25 de Novembro constitui uma grosseira deturpação e falsificação da História, para atacar Abril e as suas conquistas. Significativo que seja um homem do 25 de Novembro a dizê-lo. Sintomático que alguns se deixem arrastar nisto”, escreveu.
Recorde-se que a Associação 25 de Abril recusou o convite do presidente da Assembleia da República para assistir à sessão comemorativa do 25 de Novembro no Parlamento por considerar que representa uma “clara deturpação dos acontecimentos vividos” na caminhada do MFA.
É uma evidência que a operação montada em torno do 25 de novembro constitui uma grosseira deturpação e falsificação da História, para atacar Abril e as suas conquistas.
Significativo que seja um homem do 25 de novembro a dizê-lo.
Sintomático que alguns se deixem arrastar nisto. https://t.co/at20DnYwBI— João Ferreira (@joao_ferreira33) November 15, 2024
“A História não pode ser deturpada. Nós, os principais responsáveis pela consumação do 25 de Abril, com a aprovação da Constituição da República, não o permitiremos!”, salienta-se numa nota da Associação 25 de Abril, com data de quinta-feira, assinada pelo seu presidente, Vasco Lourenço.
Para a associação, a decisão dos deputados de comemorar apenas o 25 de Novembro, além da Revolução dos Cravos, “provoca uma enorme e clara deturpação dos acontecimentos vividos na caminhada para o cumprimento do Programa do MFA”.
“O 25 de Abril é o dia da Liberdade, da reconstrução da Democracia e da Paz, conforme ficou bem evidente nas Comemorações Populares dos 50 Anos do 25 de Abril. Todos os acontecimentos posteriores, que se caracterizaram por tentativas de impedir o caminho traçado pelo Programa do MFA e dos seus valores, acabaram por ser vitórias do MFA e do povo, apesar do juízo que hoje se possa fazer sobre o caminho que foi seguido“, advogou-se.
De lembrar que a decisão de se realizar uma sessão solene foi tomada em Conferência de Líderes, a 23 de outubro, e aprovada apenas pela Direita.
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