Numa conferência de imprensa em Genebra, na Suíça, Philippe Lazzarini, comissário geral da UNRWA, declarou que este facto constitui uma prova do “colapso total da ordem civil” no enclave. 

 

“Os bandos locais lutam entre si para assumir o controlo de qualquer negócio ou atividade que tenha lugar no sul”, acrescentou.

Lazzarini afirmou que centenas de pessoas “entraram desesperadamente” num dos centros geridos pela UNRWA para tentar obter alimentos, embora a carga – 97 dos 109 camiões do comboio tinham entretanto sido saqueados – ainda não tivesse chegado.

A UNRWA também informou hoje que, devido à escassez de farinha, as oito padarias apoiadas pela ONU em Deir el-Bala’a e Khan Yunis estão a funcionar “com capacidade reduzida há semanas”. 

“Muitas foram forçadas a fechar completamente”, acrescentou a agência na rede social X.

No final de outubro, o parlamento israelita aprovou uma lei que proíbe as atividades da UNRWA tanto em Israel como nos territórios palestinianos. 

Lazzarini instou os Estados membros da ONU a redefinirem o futuro da agência, afirmando que não existe um “plano B” quando a medida entrar em vigor.

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