Na apresentação da atualização das Perspetivas Económicas e Orçamentais 2024-2028, em Lisboa, Nazaré da Costa Cabral deixou uma mensagem para este Orçamento do Estado, apontando que “para lá do efeito económico e das dinâmicas e interações económicas que possam surgir, qualquer medida tem impacto orçamental e sobre a trajetória da dívida”.

 

“O CFP tem chamado sempre a atenção para a necessidade de não perder este ponto de vista e estar focado na importância de prosseguir o esforço coletivo de redução da dívida pública”, destacou a responsável.

Já existe uma situação mais favorável relativamente à dívida, mas “ainda não estamos no ponto em que estamos completamente descansados e tranquilos”, pelo que “é preciso criar-se margem orçamental suficiente, não apenas na dívida pública no produto mas também a de deixar de poder estar sob a alçada e sob o foco dos mercados financeiros e do mercado de dívida”, afirmou a presidente do CFP.

Neste sentido, a responsável alertou ainda para que existe um alto nível de sensibilidade a variações na taxa de juro, pelo que “não é nada desejável poder comprometer a credibilidade que o país neste momento tem em termos de comportamento e evolução da dívida pública”.

Concluindo, Nazaré da Costa Cabral apelou à “responsabilidade e quantificação dos impactos das medidas propostas, para que o país no médio prazo esteja em condições de fazer opções de politica económica”.

Nestas projeções, elaboradas num cenário de políticas invariantes, o CFP estima um excedente orçamental de 0,7% do PIB este ano, ainda que não estejam incluídas medidas não aprovadas até agora, nem suficientemente contabilizadas.

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