“O pior desta segunda depressão já passou”, indicou na rede social X a Agência Estatal de Meteorologia (AEMET), após retirar também o alerta para a província de Málaga, na Andaluzia (sul).

 

Também esta manhã, a Proteção Civil da Comunidade Valenciana desativou a fase de alerta do Plano Especial de Emergência para o risco de inundações na Catalunha e também o alerta para ondas fortes na costa norte e sul da província.

Novas tempestades obrigaram cerca de três mil pessoas a abandonar as suas casas em Málaga, além de causarem o encerramento de escolas e o cancelamento de comboios.

No sul da província de Málaga, as ruas ficaram inundadas e os residentes nas imediações do rio Guadalhorce foram retirados de casa como medida preventiva.

As escolas de toda a província foram encerradas, assim como muitas lojas, e os comboios que circulavam entre Málaga e Madrid na linha ferroviária de alta velocidade AVE foram cancelados.

A população afetada pelas inundações causadas pela tempestade (conhecida localmente como DANA, ‘depressão isolada em níveis altos’) de 29 de outubro na província de Valência foi avisada sobre restrições ao tráfego de veículos privados, que estiveram em vigor até às 00:00 de hoje (23:00 de quarta-feira em Lisboa).

Estas novas tempestades ocorrem duas semanas após várias inundações terem assolado o leste de Espanha, causando a morte de pelo menos 223 pessoas e a destruição de casas e infraestruturas, sobretudo na região de Valência, que ainda está a recuperar dos efeitos da tempestade.

A AEMET também tinha colocado Málaga sob alerta vermelho, afirmando que se tinham acumulado até 70 milímetros de chuva numa hora.

Partes da província de Tarragona, no leste do país, também foram afetadas por chuvas fortes e estiveram sob alerta vermelho.

A previsão em Málaga atrasou o início da final da Taça Billie Jean King de ténis entre a Espanha e a Polónia, que estava marcada para quarta-feira.

O sistema de tempestades que afeta Espanha é causado por ar quente que colide com ar frio estagnado e forma poderosas nuvens de chuva. Especialistas afirmam que os ciclos de secas e inundações estão a aumentar com as alterações climáticas.

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