Segundo dados do Corpo de Polícia de Segurança Pública, divulgadas hoje pela Direção dos Serviços para os Assuntos Laborais, a região administrativa especial chinesa tinha 183.230 trabalhadores sem estatuto de residente.

 

Este número representa um aumento de 31.352 desde janeiro de 2023, mês que a mão-de-obra vinda do exterior, incluindo da China continental, caiu para menos de 152 mil, o número mais baixo desde abril de 2014.

Desde o pico máximo de 196.538, atingido no final de 2019, no início da pandemia, e até janeiro de 2023, a cidade perdeu quase 45 mil trabalhadores não residentes, que correspondiam a 11,3% da população ativa.

Macau, que à semelhança da China seguia a política ‘zero covid’, reabriu as fronteiras a todos os estrangeiros, incluindo trabalhadores não residentes, a partir de 08 de janeiro de 2023, depois de quase três anos de rigorosas restrições.

O número de não residentes tem vindo a aumentar há 19 meses seguidos.

O setor da hotelaria e da restauração foi o que mais contratou desde janeiro de 2023, ganhando 15.104 trabalhadores não residentes, seguido dos empregados domésticos (mais 3.611) e da construção civil (mais 3.436).

A área da hotelaria e restauração tinha sido precisamente a mais atingida pela perda de mão-de-obra durante a pandemia, tendo despedido mais de 17.600 funcionários não residentes desde dezembro de 2019.

Com o fim da política de ‘zero covid’, a cidade acolheu nos primeiros oito meses de 2024 quase 23,4 milhões de turistas, mais 32,7% do que em igual período do ano passado, e a taxa de ocupação hoteleira foi de 85,5%, uma subida de 4,6 pontos percentuais em termos anuais.

Em agosto, Macau recebeu 3,65 milhões de visitantes, um novo recorde mensal.

A crise económica criada pela pandemia levou a taxa de desemprego a atingir 4% no terceiro trimestre de 2022, o valor mais alto desde 2006.

Mas, e apesar da subida do número de trabalhadores não residentes, a taxa de desemprego está há três meses seguintes em 1,7%, igualando o mínimo histórico atingido antes do início da pandemia.

A economia de Macau cresceu 15,7% na primeira metade de 2024, em comparação com igual período do ano passado, graças à retoma do jogo, de acordo com dados oficiais.

O produto interno bruto (PIB) representou 86,2% do valor registado na primeira metade de 2019, antes do início da pandemia.

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