Marina Gonçalves, ex-ministra da Habitação do Governo socialista de António Costa e atual deputada do PS, lembrou as palavras do atual líder do partido, Pedro Nuno Santos, que “não é pelo Partido Sociaista que o Orçamento não vai acontecer”, numa entrevista à Rádio Renascença, divulgada, esta quinta-feira.

 

Contudo, para a parlamentar, a “proposta irrecusável” de Luís Montenegro terá de deixar cair o IRS Jovem e a descida do IRC.

“Há um princípio para que seja irrecusável: que o IRC e o IRS Jovem não constem da proposta do Orçamento do Estado, não prescindindo o PS do objetivo de chegar aos mais jovens, do objetivo de chegar à economia, às nossas empresas. É sinal que, efectivamente, vão concordar com a nossa questão base relativamente ao IRC e ao IRS Jovem”, esclareceu a também dirigente socialista.

Já questionada sobre a possibilidade de o Governo cair, caso o OE não seja aprovado, e Portugal ir novamente para eleições antecipadas, Marina Gonçalves recordou que essa decisão cabe ao Presidente da República, não ao PS, e que o país já viveu com uma governação por “duodécimos”.

“A decisão soberana cabe ao Presidente da República. Para nós, o facto de não existir um Orçamento do Estado não é necessariamente sinal de instabilidade. Já tivemos períodos onde vivemos com duodécimos e isso não implica uma estagnação do trabalho que é feito”, atirou.

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