À saída do debate quinzenal, durante o qual se falaram de propostas “irrecusáveis” entre Governo e oposição, Pedro Nuno Santos falou aos jornalistas.

 

Durante as suas declarações, Pedro Nuno Santos teceu duras críticas a Montenegro: “Fiquei impressionado pela forma como este debate decorreu. Temos um primeiro-ministro que não revelou qualquer sentido de Estado e que falou com uma sobranceria e uma arrogância para com o Partido Socialista que é inaceitável. Não é de alguém que queira um entendimento com o PS. Se um primeiro-ministro quer um entendimento com o Partido Socialista tem de respeitar o Partido Socialista. Tinha que fazer um debate noutro registo, com outro tom, não desta forma como se dirigiu a nós”.

Reforçando que o Executivo “sempre teve duas opções para viabilizar o Orçamento”, afirmou, garantindo que responsabilidade será do Governo se não houver Orçamento. “Não podemos estar sempre a olhar para o PS como se o Governo estivesse, de facto, interessado em evitar eleições”, acusou. 

“Só teremos eleições antecipadas, na realidade, se o Presidente da República ou o primeiro-ministro quiserem”, referiu.

Quanto ao Orçamento, o secretário-geral do Partido Socialista insistiu que não será pelo partido que lidera que as ‘contas’ para 2025 não terão ‘luz-verde’, uma ideia que tem vindo a repetir: “Só não haverá Orçamento do Estado se o primeiro ministro não quiser”.

Depois de quase três horas de debate, durante o qual Luís Montenegro apontou ainda que era preciso assumir “responsabilidades” e garantir a aprovação do Orçamento, Pedro Nuno Santos acusou: “Aquilo que se aconteceu ao longo desta tarde é inaceitável por parte do Partido Socialista e em quem confia o sue voto no Partido Socialista”.

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