Começa  a ganhar corpo aquela que será a equipa final de Donald Trump para liderar os Estados Unidos a partir de 20 de janeiro e durante os quatro anos seguintes.

 

As últimas nomeações ganham enfoque quer pela popularidade dos escolhidos, quer pela surpresa dos cargos para os quais foram convidados.

Depois do fervoroso apoio demonstrado durante as eleições, Elon Musk foi esta terça-feira convidado para fazer parte daquilo que Trump, segundo o Washington Post, chama de ‘Projeto Manhattan’.

Juntamente com Vivek Ramaswamy, o líder da  Tesla será responsável por liderar uma comissão responsável por cortar as despesas do Governo. O gabinete em causa assume nome de DOGE – Department of Government Efficiency – que, curiosamente, é nome de um ‘meme’ com um cão amplamente partilhado por Musk nas redes sociais.

“Juntos, estes dois grandes norte-americanos vão traçar um caminho para a minha administração desmantelar a burocracia governamental, reduzir a regulamentação excessiva, cortar nas despesas desnecessárias e reestruturar as agências federais”, disse o magnata.

Lista ‘ganha’ outro nome… polémico?

Para além destes dois nomes, na mesma noite, o republicano anunciou que pretende nomear como secretário da Defesa… um apresentador da Fox News.

Pete Hegseth, antigo major do exército norte-americano e veterano condecorado das guerras no Iraque e no Afeganistão, trabalhou nos últimos oito anos como apresentador no canal de televisão preferido dos conservadores nos Estados Unidos. Manteve sempre uma relação estreita com o futuro presidente do país.

Apesar de ser uma escolha inesperada, Trump acredita que este será o homem certo “as forças armadas voltarem a ser grandes outra vez”.

“O Pete é duro, inteligente e um verdadeiro crente na América em primeiro lugar […] Com Pete ao leme, os inimigos da América estão avisados – as nossas forças armadas voltarão a ser grandes e a América nunca recuará”, terá dito, citado pelo Washington Post.

Momento antes, Trump anunciara também a intenção de nomear o ex-diretor nacional de inteligência, John Ratcliffe, para liderar a Agência Central de Inteligência (CIA, em inglês). O ex-congressista republicano do Texas serviu como diretor de inteligência nacional durante o último ano e meio do primeiro mandato de Trump, liderando as agências de espionagem do governo dos EUA durante a pandemia de Covid-19.

Lista conta já com vários nomes. Recordemos

Susie Wiles foi eleita para chefe do gabinete na Casa Branca. Este foi o primeiro anúncio para o futuro governo de Trump e Susie tornou-se, assim,  também a primeira mulher nomeada chefe de gabinete da Casa Branca, um dos cargos mais importantes em Washington. 

Tom Homan, o antigo responsável pela imigração no primeiro mandato do presidente eleito, foi nomeado como novo líder de fronteiras e imigração, e é o segundo nome revelado. 

Stephen Miller, figura da linha dura sobre imigração, será o diretor adjunto de política interna no futuro governo de Trump. Este era um dos nomes em destaque para a futura administração republicana e que se confirmou esta segunda-feira.

Elise Stefanik é a escolhida para embaixadora norte-americana junto das Nações Unidas. Stefanik é atualmente a líder dos deputados republicanos na câmara baixa do Congresso, a Câmara dos Representantes. 

Lee Zeldin, um dos seus amigos mais próximos e antigo representante do Estado de Nova Iorque, vai dirigir a Agência de Proteção Ambiental (EPA).

Kristi Noem, governadora do Dakota do Sul, é a eleita como secretária para a Segurança Interna, responsável pelas alfândegas e fronteiras.

O ex-governador do Arkansas Mike Huckabee poderá ser escolhido para embaixador norte-americano em Israel. Huckabee é um defensor acérrimo de Israel e o anúncio da nomeação ocorre numa altura em que Trump prometeu alinhar mais estreitamente a política externa de Washington com os interesses do Governo israelita.

Bill McGinley, secretário de gabinete na sua primeira administração, como conselheiro na Casa Branca.

Não é ainda uma certeza, mas Mark Rubio poderá ser convidado para ser o novo chefe da diplomacia norte-americana, avançou o New York Times.

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