O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, chegou este domingo a Paris para um jantar de trabalho com o homólogo francês, Emmanuel Macron, no qual serão abordadas “as necessidades urgentes da Ucrânia nos planos militar e humanitário”, segundo o Eliseu.
Após visitas a Itália e à Alemanha, o presidente ucraniano chegou pelas 20.55 horas locais (19.55 horas em Portugal continental) à base aérea de Villacoublay, a sudoeste de Paris.
Ao sair do avião, um Falcon pertencente a França, Zelensky foi recebido pela primeira-ministra francesa, Élisabeth Borne, com quem trocou algumas palavras enquanto caminhavam pela pista.
“A cada visita, aumentam as capacidades defensivas e ofensivas da Ucrânia. Os laços com a Europa reforçam-se e a pressão sobre a Rússia intensifica-se”, escreveu Zelensky na rede social Twitter à chegada, precisando que iria encontrar-se com o seu “amigo Emmanuel Macron”.
Paris. With each visit, Ukraine’s defense and offensive capabilities are expanding. The ties with Europe are getting stronger, and the pressure on Russia is growing. I will have a meeting with my friend Emanuel and we will talk through the most important points of bilateral…
– Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) May 14, 2023
Partiu, em seguida, num veículo em direção ao Eliseu, onde Macron “reafirmará o apoio indefetível da França e da Europa para devolver à Ucrânia os seus direitos legítimos e defender os seus interesses fundamentais”, indicou a Presidência francesa em comunicado.
Num minipériplo europeu, o chefe de Estado ucraniano recebeu, este domingo, na Alemanha o prémio Carlos Magno, pelo seu contributo para a unidade do continente europeu, e vai prosseguir em Paris as consultas com vista à preparação de uma contraofensiva contra a Rússia, que invadiu o país em 24 de fevereiro de 2022 e aí trava uma guerra de agressão desde então.
A ofensiva militar da Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas – 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).