Colecionador de relíquias fascistas, Ignazio La Russa, um dos fundadores do Irmãos de Itália, foi eleito presidente do Senado. Meloni saudou o resultado da votação, sublinhando que o advogado e político é “um exemplo” para as várias gerações.
O antigo ministro da Defesa Ignazio La Russa, do partido de extrema-direita Irmãos de Itália, foi eleito presidente do senado italiano. O político, colecionador de medalhas e relíquias fascistas, cofundou aquele partido conservador ao lado de Giorgia Meloni, que venceu, em setembro, as eleições legislativas do país.
La Russa, de 75 anos, terá, agora, uma palavra a dizer no que diz respeito à legislação italiana através da Câmara Alta do Parlamento, sendo expectável que exerça também a sua influência nos “bastidores”.
Meloni já saudou o novo presidente do Senado, confessando-se orgulhosa da escolha de “um patriota”, de um “homem que sempre colocou o interesse nacional acima de qualquer coisa”. Além disso, acrescentou que, para o Irmãos de Itália, Ignazio é “um ponto de referência insubstituível, um amigo, um irmão, um exemplo para as gerações de militantes e líderes”.
Elemento ativo na direita nacionalista desde o final da década de 1960, La Russa é filho de um funcionário do partido de Mussolini. Num vídeo gravado em 2018, o advogado surge até a exibir relíquias fascistas como medalhas, fotografias e uma estátua do ditador italiano.
Em setembro, o irmão de Ignazio – Romano La Russa, também dirigente do Irmãos de Itália – foi filmado a fazer uma saudação fascista no funeral de um militante da extrema-esquerda. Face às críticas, Romano garantiu tratar-se apenas de uma tradição militar, em nada associada a outras questões.
De recordar que o chefe de Estado italiano, Sergio Mattarella, vai ouvir os partidos políticos a 19 ou 20 de outubro, prevendo-se que a coligação de Meloni possa formar novo Governo até ao final do mês.